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China restringe importação de metais vitais para semicondutores em resposta aos EUA

Decisão é considerada retaliação às medidas dos EUA contra setor de tecnologia chinês

Nos últimos meses, o governo de Joe Biden multiplicou medidas para restringir o acesso de empresas chinesas aos semicondutores mais avançados, em nome da "segurança nacional" (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Nos últimos meses, o governo de Joe Biden multiplicou medidas para restringir o acesso de empresas chinesas aos semicondutores mais avançados, em nome da "segurança nacional" (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 1 de agosto de 2023 às 10h19.

A China impôs, nesta terça-feira, 1º, restrições às importações de dois metais essenciais para os semicondutores e dos quais é o principal produtor, uma decisão considerada como retaliação às medidas tomadas pelos Estados Unidos contra o seu setor de tecnologia.

De acordo com uma diretriz do Ministério do Comércio, que entra em vigor nesta terça, os exportadores chineses de gálio e germânio deverão, a partir de agora, ter permissão, além de fornecer informações sobre o destinatário final.

Segurança nacional dos EUA sobre a China

Nos últimos meses, o governo de Joe Biden multiplicou medidas para restringir o acesso de empresas chinesas aos semicondutores mais avançados, em nome da "segurança nacional".

A China, que busca a autonomia no design de semicondutores, acredita que estas medidas visam manter o domínio dos Estados Unidos neste campo.

Os microchips são essenciais para a produção de grande variedade de dispositivos eletrônicos, desde máquinas de café a carros elétricos, assim como smartphones e armas.

Segundo um relatório de 2023 publicado pela União Europeia, a China representa 94% da produção mundial de gálio, utilizado particularmente em circuitos integrados, LEDs e painéis solares. Além disso, o país detém 83% da fabricação de germânio, metal essencial para as fibras óticas e sistemas infravermelhos.

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