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China restringe exportação de drones e supercomputadores

A decisão é voltada a dispositivos de uso militar


	Soldado apresenta drone em base naval dos EUA: China restringe exportação de equipamentos militares
 (Michaela Rehle/Reuters)

Soldado apresenta drone em base naval dos EUA: China restringe exportação de equipamentos militares (Michaela Rehle/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2015 às 10h52.

Pequim - O governo chinês restringirá a partir do dia 15 de agosto exportações de certos drones (veículos aéreos não tripulados) e supercomputadores por motivos de segurança nacional, informou neste domingo a imprensa do país.

Esta decisão, estipulada conjuntamente pelo Ministério de Comércio e a Administração Geral de Alfândegas, é voltada a dispositivos de uso militar.

A proibição da venda ao exterior de drones será aplicada aos aparelhos que possam voar durante mais de uma hora ou acima de 15.420 metros, ou que sejam capazes de funcionar com fortes rajadas de vento.

Além disso, a restrição se refere aos supercomputadores equipado com uma capacidade de 8 teraflops (que lhes permite responder a 8 trilhões de instruções por segundo).

O Ministério de Comércio e as Alfândegas não especificaram as razões pelas quais estes aparelhos podem afetar a segurança nacional chinesa.

A imprensa do gigante asiático cita um incidente com um drone abatido pelo Exército paquistanês e supostamente controlado pelas forças armadas indianas, em uma região fronteiriça disputada por Índia e Paquistão, que se acredita que era de fabricação chinesa.

Além disso, se pensa que é uma tentativa por parte do governo chinês de proteger uma tecnologia que é considerada chave em seu desenvolvimento militar.

"A proibição é para os drones não projetados para uso comercial e protegerá tecnologias-chave de companhias chinesa", disse Shao Jianhuo, vice-presidente da DJI Technology, o principal fabricante de drones de uso civil chinês, em declarações reproduzidas pelo jornal oficial "China Daily".

A DJI anunciou também este fim de semana que em junho e julho triplicou suas vendas de drones na América Latina em relação aos mesmos meses do ano passado.

Brasil, México, Chile e Paraguai foram seus principais mercados, assinalou a empresa chinesa.

A China exportou entre janeiro e maio deste ano 160 mil drones civis, 69 vezes mais que no mesmo período do ano anterior, por um valor de US$ 121 milhões, 55 vezes mais, segundo os dados oficiais.

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