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China responde ameaça tarifária de Trump ao dizer que 'ninguém ganha em uma guerra comercial'

Presidente americano disse que taxará chineses por conta da entrada de fentanil enviado pela China por meio da fronteira com países vizinhos

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 22 de janeiro de 2025 às 14h17.

Última atualização em 22 de janeiro de 2025 às 14h23.

O Ministério das Relações Exteriores da China disse nesta quarta-feira que "não há vencedores em uma guerra comercial", depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que estava considerando impor tarifas de 10% sobre as importações chinesas em retaliação ao fluxo de fentanil.

A porta-voz da chancelaria chinesa, Mao Ning, afirmou na coletiva de imprensa diária da pasta de Exteriores que seu país "sempre defenderá seus interesses nacionais".

"Estamos falando de uma tarifa de 10% com base no fato de que estão enviando fentanil para o México e o Canadá", declarou Trump a repórteres na Casa Branca na terça-feira.

O líder republicano destacou que conversou "outro dia" com seu homólogo chinês, Xi Jinping, e lhe disse que não queria essa "merda" no país. No ano passado, houve cerca de 70.000 overdoses fatais causadas por esse opioide sintético nos Estados Unidos.

Os membros da equipe de Trump incluíram a China, juntamente com o Canadá e o México, entre os países cuja relação comercial com os EUA seria revisada pelo republicano, que iniciou uma guerra tarifária contra a nação asiática durante seu primeiro mandato (2017-2021).

Defesa do BRICS

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China também declarou que o BRICS, contra quem Trump ameaçou com tarifas de até 100%, "não participa do confronto entre campos", mas trabalha "para alcançar o desenvolvimento comum e a prosperidade universal".

"A China está disposta a continuar trabalhando com seus parceiros do BRICS para aprofundar a cooperação prática em diversos campos e contribuir para o crescimento estável da economia mundial", disse Mao.

O bloco era originalmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, aos quais se uniram outros como Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Arábia Saudita a partir de 2023.

Após sua vitória nas eleições presidenciais, Trump levantou a possibilidade de estabelecer tarifas sobre importações dos países-membros do BRICS, argumentando que os EUA mantêm uma balança comercial desigual com eles e que essas nações emergentes planejam criar uma moeda que concorra com o dólar americano.

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