Mundo

China reprime culto que prega fim do "dragão vermelho"

Grupo "Deus Todo Poderoso" estaria convocando uma "batalha decisiva" para matar o "dragão vermelho" do Partido Comunista

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2012 às 09h52.

Pequim - A China começou a reprimir um culto o qual o governo afirma estar convocando uma "batalha decisiva" para matar o "dragão vermelho" do Partido Comunista e que está espalhando rumores apocalípticos, informou a mídia estatal nesta sexta-feira.

Nas últimas semanas, centenas de integrantes do grupo "Deus Todo Poderoso" entraram em confronto com a polícia, por vezes do lado de fora de edifícios do governo, nas províncias de Henan, região central, Shaanxi, no norte, e Gansu, no sudoeste, de acordo com fotos em microblogs populares.

"(O grupo) incitou seguidores a iniciarem uma batalha decisiva contra o 'Grande Dragão Vermelho', para extinguir o 'Dragão Vermelho' e estabelecer o reinado do 'Deus Todo Poderoso'", noticiou o jornal Shaanxi Daily em seu site.

A notícia acrescentou que os seguidores da seita estão distribuindo panfletos afirmando que o mundo vai acabar em 2012.

O Partido Comunista Chinês não tolera desafios ao governo e reprime qualquer iniciativa de instabilidade social.

O partido tem particularmente mirado cultos, que se multiplicaram por todo o país nos últimos anos. Manifestações foram reprimidas com força e alguns líderes das seitas, executados.

"O Departamento do Estado para Questões Religiosas já documentou a natureza do culto do grupo, tornou-o ilegal e está no presente momento reprimindo-o com força", afirmou o Shaanxi Daily.

O Departamento do Estado para Questões Religiosas não respondeu às repetidas ligações da Reuters para comentar o assunto.

O ex-presidente Jiang Zemin lançou uma campanha em 1999 para acabar com o grupo religioso Falun Gong, proibindo-o por ser "um culto maligno", após milhares de praticantes realizarem um protesto passivo, porém de surpresa, do lado de fora do edifício onde o líder estava em Pequim para exigir reconhecimento oficial do movimento.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaComunismoDitadura

Mais de Mundo

Putin sanciona lei que anula dívidas de quem assinar contrato com o Exército

Eleições no Uruguai: Mujica vira 'principal estrategista' da campanha da esquerda

Israel deixa 19 mortos em novo bombardeio no centro de Beirute

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA