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China reforma avaliação de dirigentes locais

Pequim deixará de levar em consideração o número de queixas recebidas pelas autoridades locais em suas avaliações, para incentivar a resolução dos problemas


	Bandeira da China é vista em Xangai: maior parte dos casos denunciados pelos cidadãos se refere a demolições de casas
 (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)

Bandeira da China é vista em Xangai: maior parte dos casos denunciados pelos cidadãos se refere a demolições de casas (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2013 às 10h21.

Pequim - Pequim deixará de levar em consideração o número de queixas recebidas pelas autoridades locais em suas avaliações, para incentivar a resolução dos problemas e não a detenção de quem protesta, informa a imprensa oficial.

Os cidadãos comuns contam, em tese, com um "direito de petição", ou seja, a possibilidade de denunciar os abusos das autoridades locais ante os níveis superiores do governo.

Muitas autoridades locais, municipais ou provinciais, no entanto, temem que um número elevado de queixas prejudique suas avaliações e acabem destinando grandes recursos para neutralizar os manifestantes, geralmente detidos em locais secretos.

"O fato de não prosseguir com a classificação de acordo com o número de peticionários vai reduzir a pressão sobre as autoridades locais que enfrentam queixas", afirma o jornal oficial Global Times.

"Desta maneira, poderão dedicar-se a resolver os verdadeiros problemas das pessoas, ao invés de concentrar-se no 'número' (de peticionários) e seu 'desempenho político'", completa o jornal em um editorial.

Os governos locais começaram "a redirecionar sua energia para a resolução dos casos que provocam queixas em sua esfera, mais do que a organizar dispositivos para anular o descontentamento em seu caminho para Pequim", afirma o jornal Xinjing Bao.

A maior parte dos casos denunciados pelos cidadãos se refere a demolições de casas, decisões judiciais ou ações contra o meio ambiente.

O caso mais famoso é o de Tang Hui, uma mulher que lutou durante sete anos para obter justiça após o sequestro, estupro e prostituição forçada da filha de 11 anos, em 2006, o que lhe valeu uma condenação de 18 meses em um campo de trabalho em agosto de 2012.

Após a avalanche de críticas na internet, ela foi libertada uma semana mais tarde.

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