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China reforça internacionalização de eletrodomésticos para crescimento global do setor

Política monetária destaca setor como estratégico, e empresas ampliam operações internacionais

Política monetária destaca setor como estratégico (Leandro Fonseca/Exame)

Política monetária destaca setor como estratégico (Leandro Fonseca/Exame)

China2Brazil
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Agência

Publicado em 8 de novembro de 2024 às 16h31.

Última atualização em 8 de novembro de 2024 às 16h51.

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Em 8 de novembro, o Banco Popular da China divulgou o Relatório de Implementação da Política Monetária do Terceiro Trimestre de 2024, apontando a indústria de eletrodomésticos como um setor estratégico para impulsionar o crescimento e o consumo interno, com foco na internacionalização e melhoria da qualidade.

Política de incentivo ao consumo e modernização industrial

A política de substituição de bens de consumo usados tem avançado com subsídios e campanhas publicitárias, promovendo o consumo e a modernização da indústria. Essa estratégia busca aumentar a competitividade das empresas chinesas no mercado global, além de fortalecer a economia nacional por meio da diversificação de mercados e redução da dependência do consumo interno.

Nos últimos anos, empresas chinesas de eletrodomésticos como Haier, Midea, TCL e Hisense expandiram sua presença internacional, estabelecendo fábricas, centros de P&D e redes de distribuição em diversos países. Essa expansão é impulsionada por fatores como a saturação do mercado doméstico e a necessidade de competir com marcas estabelecidas globalmente.

Iniciativa Cinturão e Rota e a expansão da tecnologia

A política de internacionalização integra uma estratégia mais ampla do governo chinês, focada em desenvolvimento econômico sustentável e inovação tecnológica. A iniciativa “Cinturão e Rota” incentiva empresas a expandirem mercados internacionais e realizarem fusões e aquisições para fortalecer a distribuição global e a inovação. Com a integração da tecnologia da informação na manufatura, o uso de produtos nacionais é incentivado, consolidando a posição da China no setor.

Peng Yu, diretor operacional da Beijing Sandalwood Data Insights, prevê que o governo chinês continuará a estimular o consumo interno por meio do setor de eletrodomésticos, além de incentivar a expansão internacional para reduzir possíveis impactos de tarifas americanas. Yu destaca o potencial da integração tecnológica para elevar a eficiência e qualidade do setor, especialmente com a aplicação de inteligência artificial.

Crescimento das exportações e novos centros de produção

De acordo com Zhou Nan, secretário-geral da divisão de eletrodomésticos da Câmara de Comércio de Importação e Exportação de Máquinas e Elétricas da China, as exportações do setor registraram crescimento positivo no primeiro semestre de 2024, com expectativas de recorde anual. Empresas como Haier, Midea, TCL e Hisense seguem intensificando operações globais, com novos centros integrados de pesquisa, produção e vendas. Em 2024, a Haier, por exemplo, iniciou uma fábrica de ar-condicionado na Tailândia e expandiu seu ecoparque no Egito. Pequenas e médias empresas também constroem bases produtivas fora da China para atender à demanda externa e fortalecer a competitividade.

A tendência de internacionalização representa não apenas uma estratégia de crescimento para o setor, mas também uma adaptação ao cenário global. As empresas chinesas enfrentam desafios como aumento de tarifas e inovação para adequar-se às preferências locais nos mercados estrangeiros.

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