O presidente egípcio Mohamed Mursi no Cairo: O presidente egípcio tenta diversificar os investimentos que recebe seu país (Mark Wilson/AFP)
Da Redação
Publicado em 29 de agosto de 2012 às 21h22.
Pequim - As autoridades chinesas receberam como ''um novo amigo'' o presidente egípcio, Mohammed Mursi, em Pequim para uma visita oficial de três dias na qual procura expandir os investimentos chinesas em seu país.
O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao se comprometeu nesta quarta-feira a aumentar a cooperação comercial e econômica com o Egito, em sua reunião com o novo presidente do país árabe.
Segundo informou a agência oficial ''Xinhua'', Wen pediu a ambas partes melhorar as leis e regulações para promover o investimento, ''a fim de criar um bom ambiente para a cooperação bilateral'', e sugeriu explorar novas áreas para os intercâmbios entre as duas nações.
O chefe de Estado egípcio, por sua vez, ofereceu à China seu país como plataforma para chegar a outros mercados africanos.
Antes, Mursi, que chegou ao poder no último mês de junho, se reuniu com seu colega chinês, Hu Jintao, e com o vice-presidente Xi Jinping.
Em seu encontro, Xi assegurou que a visita ''aumentará o entendimento e a confiança mútua'', segundo a agência oficial chinesa ''Xinhua''.
Já em sua reunião com Hu, no Grande Palacio do Povo, o chefe de Estado chinês ressaltou a importância da visita do líder egípcio.
''Escolheu a China como um dos primeiros países a visitar e isso mostra que seu país concede grande importância ao desejo de desenvolver relações com a China'', declarou Hu.
O presidente egípcio tenta diversificar os investimentos que recebe seu país, cuja economia se encontra imersa em uma grave crise após a revolução que depôs Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011.
No primeiro dia da visita de Mursi a Pequim, ambos países assinaram uma série de acordos de cooperação em áreas como a agricultura, as telecomunicações e o meio ambiente.
Além disso, a China concederá US$ 200 milhões em créditos ao Banco Nacional do Egito.
Nas conversas em Pequim, Mursi - que viaja acompanhado de sete ministros e uma delegação de mais de 70 empresários - e os dirigentes chineses abordaram também a crise na Síria.