Mundo

China quer silenciar Dalai Lama no Tibete

País quer silenciar a voz do líder fortalecendo os controles sobre os meios de comunicação e a internet

Líder espiritual dos tibetanos, Dalai Lama, discursa na Cidade do México, em 12 de outubro de 2011 (Ronaldo Schemidt/AFP)

Líder espiritual dos tibetanos, Dalai Lama, discursa na Cidade do México, em 12 de outubro de 2011 (Ronaldo Schemidt/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de novembro de 2013 às 12h05.

Pequim - O Partido Comunista Chinês (PCC), que detém o poder no país, quer silenciar a voz de Dalai Lama no Tibete, fortalecendo os controles sobre os meios de comunicação e a internet, informou uma autoridade neste sábado.

O chefe do Partido Comunista da China na região do Tibete, Chen Quanguo, prometeu "garantir que não se veriam nem se escutariam as vozes das forças hostis e do grupo de Dalai", em um editorial publicado em um jornal chamado Qiushi.

As autoridades "irão assegurar que a voz do partido é que será ouvida e vista em todas as partes dessa grande região de 120 milhões de km2", escreveu Chen.

A China tem tentado há décadas controlar a difusão de informações no Tibete, mas alguns tibetanos conseguem obter acesso a fontes extraoficiais de informação graças, por exemplo, a exilados políticos, através do rádio, da televisão e da internet.

Mas o PCC tentará acabar com o acesso a essas fontes, criando células do partido em páginas da internet, confiscando antenas de transmissão via satélite e registrando os usuários de telefone e internet, dentre muitas outras medidas citadas no editorial.

A China argumenta que o líder espiritual exilado dos tibetanos, Dalai Lama, é "um lobo em pele de cordeiro" e o acusa de organizar os esforços violentos para buscar a independência do Tibete.

Dalai Lama, que fugiu para a Índia em 1959, após uma revolta fracassada contra a China, se diz defensor de uma maior autonomia para os tibetanos, ao invés da independência. Em 1989, ele foi o vencedor do Prêmio Nobel da Paz.

Em seu editorial, Chen se refere ao Tibete como "uma linha de frente da luta contra o separatismo" e prometeu "fortalecer o papel dos comitês do partido em todos os níveis, como o único poder".

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaPequim

Mais de Mundo

Eleições no Uruguai: Mujica vira 'principal estrategista' da campanha da esquerda

Israel deixa 19 mortos em novo bombardeio no centro de Beirute

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA

Eleições no Uruguai: 5 curiosidades sobre o país que vai às urnas no domingo