Medida foi anunciada em meio a queda na taxa de natalidade na China (Liang Zidong/VCG/Getty Images)
Isabela Rovaroto
Publicado em 27 de setembro de 2021 às 09h04.
Última atualização em 27 de setembro de 2021 às 09h49.
A China anunciou nesta segunda-feira, 27, que vai reduzir o número de abortos realizados para "fins não médicos". O governo afirma que a repressão visa melhorar a saúde reprodutiva das mulheres, mas ocorre em meio a queda na taxa de natalidade no país.
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O conselho estadual informou que ações serão tomadas para evitar gravidezes indesejadas e para encorajar os homens a “compartilhar a responsabilidade” em preveni-las. As autoridades visam melhorar a educação sexual e fortalecer os serviços de planejamento familiar pós-aborto e pós-parto, acrescentou o órgão regulador.
Depois de anos tentando limitar o crescimento populacional, a China promete políticas destinadas a encorajar famílias maiores. Em junho, o governo informou que permitirá que todos os casais tenham três filhos em vez de dois e já começou a introduzir políticas de auxilio financeiro.
Não ficou claro se as medidas anunciadas hoje foram elaboradas para lidar com o declínio da taxa de natalidade na China, apontado por analistas como um dos maiores desafios de política social nas próximas décadas.
Embora a China continue a ser a nação mais populosa do mundo, a população chinesa aumentou 5,38% em 10 anos (0,53% em média por ano), segundo o Escritório Nacional de Estatísticas. Este é avanço mais lento desde a década de 1960. A previsão é que a população comece a diminuir dentro de alguns anos.
Com este ritmo, o país pode perder o título de maior população do planeta mais rápido que o previsto. A Índia deveria registrar em 2020, segundo estimativas da ONU, 1,38 bilhão de habitantes.