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China prende mais de 200 por divulgarem vídeos terroristas

A polícia da região de Xinjiang prendeu mais de 200 pessoas da etnia uigur por divulgar vídeos violentos ou terroristas, segundo a imprensa local

Forças antiterroristas da China: nos últimos meses foram registrados vários atentados (AFP)

Forças antiterroristas da China: nos últimos meses foram registrados vários atentados (AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2014 às 09h18.

Pequim - A polícia da região de Xinjiang, oeste da China, que tem maioria da população muçulmana, prendeu mais de 200 pessoas da etnia uigur nas últimas seis semanas pela "divulgação de vídeos violentos ou terroristas", anunciou a imprensa oficial.

Nos últimos meses foram registrados vários atentados, particularmente com armas brancas em estações ferroviárias, que foram atribuídos a separatistas uigures.

Nesta região, cenário frequente de distúrbios, a polícia prendeu 232 pessoas que "divulgaram vídeos que promovem o terrorismo na internet e em dispositivos móveis", informa o jornal governista Global Times, que cita um relatório do Legal Daily.

O governo de Xinjiang anunciou no fim de março a proibição do download, armazenamento e difusão de vídeos on-line "vinculados com o terrorismo".

A proibição inclui materiais de vídeo e áudio que propõem a "violência e o terrorismo, defendem o extremismo religioso e o separatismo dos grupos étnicos", afirma o Global Times.

Ao mesmo tempo, na capital Pequim a polícia mobilizou mais de 150 veículos a menos de um mês do aniversário da repressão do movimento democrático da Praça da Paz Celestial (Tiananmen) em 1989.

A missão é "lutar contra o terrorismo e a grande criminalidade de forma rápida e eficaz", afirma a polícia na internet.

O movimento de Pequim foi esmagado na madrugada de 3 para 4 de junho de 1989 por blindados e tanques do exército.

Com a aproximação do 25º aniversário, o governo chinês aumenta a repressão sobre os dissidentes e os ativistas dos direitos humanos.

Nos últimos dias várias figuras importantes da dissidência, como o advogado Pu Zhiqiang, foram detidas.

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