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China pode adiar reuniões políticas e parlamentares devido ao coronavírus

Encontros reúnem mais de 5 mil delegados em Pequim durante cerca de 10 dias para aprovar leis e apresentar as principais metas econômicas do ano

Xi jinping (Nyein Chan Naing/Pool/Reuters)

Xi jinping (Nyein Chan Naing/Pool/Reuters)

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Reuters

Publicado em 17 de fevereiro de 2020 às 10h13.

Pequim — O Parlamento da China e seu principal órgão consultivo político estão cogitando adiar reuniões anuais marcadas para março, anunciou a mídia estatal nesta segunda-feira, porque o país está enfrentando um surto de coronavírus que já matou mais de 1.700 pessoas.

As reuniões do Parlamento, ou Congresso Nacional do Povo, e da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês estavam agendadas para o início do próximo mês.

Os encontros reúnem mais de 5 mil delegados de toda a nação na capital Pequim durante ao menos 10 dias para aprovar leis e apresentar as principais metas econômicas do ano.

Um adiamento seria o primeiro desde que a China adotou o atual cronograma de março para a reunião do Parlamento em 1995.

O comitê permanente do Congresso se reunirá em 24 de fevereiro em Pequim, relatou a agência oficial de notícias Xinhua.

"Na próxima sessão... se deve deliberar um esboço de decisão sobre o adiamento da terceira sessão anual", informou a entidade. A sessão deveria começar no dia 5 de março.

A proposta foi feita com base na crença de que é importante se concentrar na contenção da epidemia, disse a Xinhua. A China adotou restrições nos meios de transporte para deter a proliferação do vírus, que já matou 1.700 pessoas e infectou quase 71 mil na China continental.

A Conferência Consultiva Política do Povo Chinês também está estudando se adia seu encontro anual, disse a televisão estatal CCTV. O encontro está agendado para começar em 3 de março.

Cinco pessoas a par do assunto disseram à Reuters neste mês que a China está cogitando adiar as reuniões enquanto Pequim combate a epidemia.

O comitê parlamentar também analisará uma lei proposta que proíbe o comércio de animais selvagens e debaterá mudanças no governo, disse a Xinhua sem dar detalhes.

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