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China nega ser maior consumidor mundial de energia

China nega informações dos jornais Financial Times e Wall Street Journal e não admite ser o maior consumidor de energia do mundo

China nega informações dos jornais Financial Times e Wall Street Journal e não admite ser o maior consumidor de energia do mundo (Frederic J. Brown/AFP)

China nega informações dos jornais Financial Times e Wall Street Journal e não admite ser o maior consumidor de energia do mundo (Frederic J. Brown/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

Pequim - A China rejeitou nesta terça-feira que tenha se tornado o maior consumidor mundial de energia, à frente dos Estados Unidos, como indicaram os jornais Financial Times e Wall Street Journal citando uma autoridade da Agência Internacional de Energia (AIE).

Segundo a AIE, que representa os interesses dos países industrializados grandes consumidores de cru, a China consumiu em 2009 cerca de 2,252 bilhões de toneladas equivalentes em petróleo, 4% a mais do que os Estados Unidos.

Mas uma autoridade da Administração Nacional de Energia chinesa afirmou à imprensa que os dados da AIE não eram confiáveis.

"Os dados da AIE sobre o consumo de energia por parte da China não são confiáveis", disse Zhou Xian, citado pela agência Nova China.

Citado pelo Financial Times, o chefe de Economia da AIE, Fatih Birol, ressaltou que "em 2000, os Estados Unidos consumiram duas vezes mais energia do que a China".

"Agora, a China consome mais do que os Estados Unidos", acrescentou.

"Os Estados Unidos chegaram a uma certa saturação no consumo de energia, mas também houve muitos esforços, em particular desde 2005, para usar a energia de um modo mais eficaz", indicou Birol.

Nos últimos anos, a China desenvolveu uma política muito ativa no exterior para assegurar o abastecimento de energia, no momento em que o crescimento de sua economia é um dos mais fortes do mundo.

No ano passado, Pequim, maior poluidor mundial, anunciou na Cúpula de Copenhague sobre Mudanças Climáticas a sua vontade de manter a política destinada a melhorar a eficiência energética e a reduzir as emissões de gás carbônico (medidas por ponto PIB) em 40-45% até 2020, em comparação com os níveis de 2005.

Birol indicou ao Financial Times que, embora os Estados Unidos tenham melhorado sua eficiência energética em 2,5% por ano durante a última década, a China melhorou em 1,7% por ano.

A China também tem como objetivo diversificar suas fontes de energia, que atualmente ainda dependem em 70% de combustíveis fósseis.

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