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China nega controle sobre o Canal do Panamá e evita comentar venda de portos na região

Balboa e Cristobal foram vendidos para um consórcio liderado pela empresa americana BlackRock

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 5 de março de 2025 às 11h03.

Última atualização em 5 de março de 2025 às 11h05.

A China classificou nesta quarta-feira, 5, como "completamente falsas" as alegações de que controla o Canal do Panamá e se recusou a comentar sobre a recente venda de dois portos na hidrovia por um grupo de Hong Kong.

"A China apoia a soberania do Panamá sobre as operações do canal e está comprometida em mantê-lo como uma via internacional permanentemente neutra", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lin Jian, em uma entrevista coletiva.

O porta-voz considerou que a ideia de que a China tem "controle total" sobre o canal é "completamente falsa".

Questionado sobre a venda dos portos de Balboa e Cristobal pelo conglomerado de Hong Kong CK Hutchison para um consórcio liderado pela empresa americana BlackRock, Lin se recusou a comentar e observou que o governo da Região Administrativa Especial de Hong Kong já se pronunciou sobre o assunto.

"A China não comenta transações comerciais (...) Apoiamos e promovemos o investimento e o desenvolvimento no exterior e acreditamos que todas as partes devem proporcionar um entorno justo e imparcial para as empresas envolvidas", acrescentou.

A venda dos portos panamenhos, operados desde 1997 pela Panama Ports Company (PPC), ocorre após meses de pressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que defende a "recuperação" da rota devido à suposta influência chinesa, algo que tanto o governo panamenho quanto a administração do Canal rechaçaram.

O acordo, avaliado em US$ 22,8 bilhões, também inclui a cessão da participação da CK Hutchison em outros 43 portos em 23 países, embora exclua terminais na China e Hong Kong.

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