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China não deve ceder em acordo comércio-câmbio dos EUA

Apesar disso, a China acredita que apreciação do iuane é uma tendência geral

Timothy Geithner, secretário do Tesouro dos Estados Unidos: Washington pode dar à China maior acesso ao mercado de bens de alta tecnologia (Justin Sullivan/Getty Images)

Timothy Geithner, secretário do Tesouro dos Estados Unidos: Washington pode dar à China maior acesso ao mercado de bens de alta tecnologia (Justin Sullivan/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2011 às 07h03.

Pequim - A China vai mostrar ceticismo sobre a oferta norte-americana para liberar o comércio de bens de alta tecnologia e vai rejeitar qualquer barganha para acelerar a apreciação de sua moeda, disseram economistas e assessores do governo chinês nesta quinta-feira.

O secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, disse na véspera que Washington quer fazer progresso em dar à China maior acesso ao mercado de bens de alta tecnologia de seu país, contanto que a China ceda um pouco no controle de sua taxa de câmbio.

Autoridades chinesas recusaram-se a comentar a proposta de Geithner, feita antes da visita do presidente chinês, Hu Jintao, aos Estados Unidos na próxima semana, mas uma série de assessores e analistas disseram que o país não deve concordar.

"A China nunca pensou na apreciação do iuane sob essa perspectiva", disse Ding Yifan, vice-presidente do Instituto Mundial do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento, um instituto do governo.

"O iuane não vai subir na forma designada pelos Estados Unidos. A apreciação do iuane é uma tendência geral. Não é porque os Estados Unidos querem."

Washington pode, inclusive, ser muito lenta na abertura comercial, afirmou Tao Xie, especialista em relações EUA/China da Universidade de Estados Estrangeiros de Pequim.

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