GSK: tribunal condenou executivos da empresa a entre dois e quatro anos na cadeia (Ben Stansall/AFP)
Da Redação
Publicado em 19 de setembro de 2014 às 08h35.
Pequim/Xangai - A China puniu a GlaxoSmithKline com uma multa recorde de 3 bilhões de iuanes (488,8 milhões de dólares) por pagar subornos a médicos para que eles usassem seus remédios, disse a companhia britânica nesta sexta-feira.
Um tribunal na cidade de Changsha também condenou Mark Reilly, ex-chefe da GSK na China, e outros executivos da empresa a entre dois e quatro anos na cadeia, segundo a agência de notícias estatal Xinhua.
No entanto, o britânico Reilly será deportado e não enfrentará a reclusão na China, disse uma fonte com conhecimento direto do caso. "Reilly será deportado, então não será preso na China", disse a fonte, que se recusou a ser identificada por conta da sensibilidade do tema.
O veredito representa o ápice de uma investigação chinesa da fabricante de medicamentos britânica, que autoridades chinesas tornaram pública em julho do ano passado.
A polícia chinesa disse que a empresa destinou até 3 bilhões de iuanes, exatamente o mesmo valor da multa, a agências de viagens para facilitar subornos a médicos e autoridades.
A GSK disse que as atividades da unidade chinesa da empresa são uma "clara violação" dos procedimentos de governança da GSK.
"Chegar a uma conclusão na investigação de nosso negócio na China é importante, mas esse assunto tem sido profundamente desapontador para a GSK. Nós aprendemos e continuaremos aprendendo com isso", disse o presidente da GSK, Andrew Witty, em comunicado.