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China: mais controle das fusões-aquisições em nome da "segurança nacional"

Governo chinês informou que vai criar um organismo responsável por examinar os investimentos estrangeiros em setores como defesa nacional, agricultura e energia

China: organismo será subordinado à Comissão Nacional para Desenvolvimento e Reforma (NDRC) e ao ministério do Comércio (Daniel Berehulak/Getty Images)

China: organismo será subordinado à Comissão Nacional para Desenvolvimento e Reforma (NDRC) e ao ministério do Comércio (Daniel Berehulak/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2011 às 17h17.

Pequim - A China anunciou que vai reforçar o controle dos projetos de fusões e aquisições por empresas estrangeiras com o objetivo de "garantir a segurança nacional", o que pode restringir as ambições de algumas empresas estrangeiras.

O governo chinês informou que vai criar um organismo responsável por examinar os investimentos estrangeiros nos setores de defesa nacional, agricultura, energia, recursos naturais, infraestruturas, transporte, tecnologia e equipamentos industriais.

O organismo será subordinado à Comissão Nacional para Desenvolvimento e Reforma (NDRC) e ao ministério do Comércio.

Os investimentos estrangeiros serão avaliados em função do impacto na estabilidade econômica e social da China, além da capacidade do país para dar continuidade à pesquisa e desenvolvimento das tecnologias relacionadas com a segurança nacional, afirma um comunicado oficial.

Os investimentos chineses no exterior já foram bloqueados em algumas ocasiões por questões de segurança nacional.

Em 2005, a gigante do petróleo chinesa CNOOC teve que desistir do plano de aquisição do grupo americano Unocal por 18,5 bilhões de dólares, segundo a empresa chinesa por uma "oposição política sem precedentes" de Washington.

O grupo americano Chevron adquiriu a Unocal, apesar de ter apresentado uma oferta menor.

O governo chinês também já bloqueou investimentos estrangeiros. Em 2009, Pequim vetou o plano da Coca Cola de comprar o Huiyuan Juice Group por 2,4 bilhões de dólares. A alegação foi de que a operação aumentaria os preços e reduziria a variedade de produtos.

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