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China liberta alguns dos dissidentes mantidos sob vigilância pelo Nobel

No entanto, os ativistas ainda permanecem sob vigilância do governo chinês

Protesto em Hong Kong pedindo a libertação de Liu Xiaobo, prêmio Nobel da Paz (WIKIMEDIA COMMONS)

Protesto em Hong Kong pedindo a libertação de Liu Xiaobo, prêmio Nobel da Paz (WIKIMEDIA COMMONS)

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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2010 às 06h15.

Pequim - Alguns das centenas de ativistas que foram detidos para evitar que celebrassem ou participassem da cerimônia de entrega do Nobel da Paz ao dissidente preso Liu Xiaobo estão sendo libertados pela China, mas permanecem sob vigilância, informaram diversas fontes.

"Ainda não é conveniente falar com a imprensa sobre este assunto", assinalou à Agência Efe, em conversa telefônica, o advogado de Liu, Mo Shaoping, que pôde retornar à sua residência no último sábado, dia seguinte à entrega do prêmio em Oslo.

Ainda é desconhecida a situação da esposa de Liu, a poetisa e fotógrafa Liu Xia, em estrita prisão domiciliar e incomunicável em Pequim desde 8 de outubro, quando soube que seu marido seria agraciado com o Nobel da Paz de 2010.

"Não conseguimos estabelecer contato com ela por enquanto", acrescentou Mo.

As autoridades chinesas realizaram a mais feroz campanha de repressão de dissidentes e opositores desde as Olimpíadas de 2008, com entre 150 e 200 detidos, perseguidos ou vigiados. Alguns deles, como os advogados de Liu e o artista Ai Weiwei, foram impedidos de sair do país para evitar que viajassem à capital norueguesa.

Entre os libertados está Zhang Zuhua, que junto com Liu Xiaobo redigiu o manifesto político "Carta 08", pelo qual o Nobel da Paz foi condenado em 2009 a 11 anos de prisão por "subverter o poder do Estado".

A "Carta 08" pede uma reforma política gradual e pacífica e a entrada em vigor dos direitos previstos na Constituição chinesa.

A Polícia não apresentou nenhuma ordem formal de detenção nem deu explicações às vítimas. Aos ativistas que foram impedidos de viajar, foi dito que se tratava de um problema de "segurança nacional".

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