Bandeira da China: China "permanecerá em comunicação com Coreia do Sul sob o princípio da igualdade e do respeito mútuo", disse porta-voz (Mark Ralston/AFP)
Da Redação
Publicado em 9 de dezembro de 2013 às 07h33.
Pequim - A China lamentou a decisão sul-coreana de ampliar em direção ao sul sua zona de identificação de defesa aérea (ADIZ) e pediu que Seul aborde a situação na região de maneira "prudente e apropriada".
Em sua entrevista coletiva diária, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hong Lei, afirmou nesta segunda-feira que o governo local expressou a Seul sua posição sobre a expansão da ADIZ, que agora se sobrepõe à zona de defesa declarada por Pequim em 23 de novembro no mar da China Oriental.
A ampliação da ADIZ sul-coreana inclui agora uma ilhota submergida cuja soberania é disputada pelos dois países.
"A China lamenta a decisão da Coreia do Sul de expandir sua ADIZ", ressaltou Hong, que no entanto frisou que seu país "permanecerá em comunicação com Coreia do Sul sob o princípio da igualdade e do respeito mútuo".
O porta-voz esclareceu que a declaração de uma ADIZ é independente das reivindicações de soberania e "não tem nada a ver com a jurisdição territorial".
"A China e a Coreia do Sul mantêm um consenso a respeito", acrescentou.
A Coreia do Sul anunciou hoje que aumentará a vigilância em sua nova zona de identificação de defesa aérea (ADIZ) após tomar a decisão de ampliá-la pela primeira vez em seis décadas como resposta ao novo traçado da China.
A ADIZ inclui agora o espaço aéreo sobre Ieodo, uma ilhota submergida sobre o qual Seul exerce controle de fato por ter instalado em sua área uma plataforma de pesquisa científica mas que o governo chinês considera parte de sua Zona Econômica Exclusiva (ZEE).
Quando em 23 de novembro a China anunciou a criação de sua nova zona de defesa aérea, Coreia do Sul e Japão denunciaram que a demarcação se sobrepõe a de ambos os países e abrange Ieodo e também as ilhas Senkaku/Diaoyu (administradas por Tóquio mas reivindicada por Pequim).
A Coreia do Sul, em linha com o Japão e os Estados Unidos, decidiu não reconhecer a nova zona da China e enviou aviões militares que penetraram em seu perímetro sem notificar Pequim e sem que ocorresse nenhuma resposta militar.
As zonas de identificação de defesa aérea marcam o perímetro onde as Forças Aéreas de um país podem se deslocar se aviões estrangeiros entrarem em seus limites.