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China investirá US$ 320 milhões para criar fábrica no Brasil

O governador do Mato Grosso do Sul e a empresa estatal chinesa BBCA Group assinaram acordo para implantar uma unidade de processamento de milho em Maracaju


	Milho: a empresa se compromete a processar cerca de 600 mil toneladas de milho, sendo que 60% será destinado ao mercado chinês e 40% ao consumo interno
 (Reprodução da web)

Milho: a empresa se compromete a processar cerca de 600 mil toneladas de milho, sendo que 60% será destinado ao mercado chinês e 40% ao consumo interno (Reprodução da web)

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Da Redação

Publicado em 16 de abril de 2013 às 13h07.

Pequim - O governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, e a empresa estatal chinesa BBCA Group assinaram nesta terça-feira uma carta de intenção para a implantação de uma unidade de processamento de milho em Maracaju, um acordo que deverá contar com um investimento de US$ 320 milhões.

Em uma entrevista coletiva realizada em Pequim, Puccinelli assegurou que se trata do maior projeto já desenvolvido em parceria com a potência asiática até agora nesta região, o qual foi definido após três anos de negociações, "principalmente em nível legislativo".

O acordo assinado pelo governador do MS e pelo prefeito de Maracaju, Maurílio Azambuja, com o diretor presidente do BBCA Group, Li Roger Jie, prevê uma parceria entre a empresa, o governo do Estado e a prefeitura.

A expectativa é que a implantação da fábrica seja iniciada em 2013 e que, a partir de 2015, já esteja operando.

Segundo o governador do Mato Grosso do Sul, o BBCA Group, empresa especializada na produção de bioquímicos, se compromete a processar cerca de 600 mil toneladas de milho, sendo que 60% será destinado ao mercado chinês e 40% ao consumo interno.

"Trata-se de um acordo benéfico para ambas as partes", explicou Puccinelli, que ressaltou que seu estado dispõe de matéria-prima, mas ainda carece da infraestrutura necessária para explorá-la.


Além de negar as criticas em torno do projeto, o governador também enfatizou que o acordo deverá impulsionar o desenvolvimento da região, já que a fabrica deverá empregar 400 funcionários.

Segundo Puccinelli, o preço do produto final que sai dos portos brasileiros e são consumidos na Europa será 20% mais barato do que o mesmo produzido na Tailândia, onde o BBCA também possui unidades de processamento de milho.

Neste aspecto, Puccinelli argumentou que a vantagem comparativa brasileira se deve às políticas fiscais do estado, e destacou que o Mato Grosso do Sul, em particular a Prefeitura Maracaju, tem uma produção anual de 6 milhões de toneladas de milho.

De um modo geral, os investimentos atuais da China na região se centram na industrialização das matérias-primas, especialmente do milho, como é este caso, para produzir glicose, óleo de milho e ácido cítrico, uma especialidade do BBCA Group.

O acordo assinado com a empresa asiática vem à tona pouco tempo depois do Brasil ter superado pela primeira vez os Estados Unidos como principal exportador de milho mundial.

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