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China impõe limite de seis meses a exportações de terras raras para os EUA em acordo comercial

Prazo curto nas licenças mantém pressão chinesa nas negociações e abre vantagem em uma possível nova tensão comercial com Donald Trump

Donald Trumo e Xi Jinping: China deve voltar a exportar terras-raras em novo acordo firmado em Londres (Montagem/AFP)

Donald Trumo e Xi Jinping: China deve voltar a exportar terras-raras em novo acordo firmado em Londres (Montagem/AFP)

Publicado em 12 de junho de 2025 às 10h05.

Em meio a tensões comerciais com os Estados Unidos, a China impôs um limite de seis meses às licenças de exportação de terras raras destinadas a montadoras e fabricantes americanos.

O acordo provisório alcançado em Londres reativou a concessão desses alvarás, mas, segundo o Wall Street Journal, o prazo de validade esclarece que ambos os lados continuam atentos a futuros conflitos entre os dois países. 

Em troca, os EUA aceitaram aliviar restrições recentes sobre exportação de motores de aeronaves, peças relacionadas e etano, um importante insumo na produção de plásticos.

Licenças emergenciais, mas com prazo contado

Durante os encontros em Londres, a China concordou em começar imediatamente a analisar pedidos de licenças de exportação feitos por empresas americanas. As liberações, no entanto, devem ocorrer dentro do prazo de uma semana após as assinaturas dos presidentes Donald Trump e Xi Jinping.

Nesta quarta-feira, 11, Trump confirmou em sua rede Truth Social que o acordo para restaurar a trégua comercial estava fechado, sujeito apenas à aprovação dos dois presidentes. “Os ímãs completos e todas as terras raras necessárias serão fornecidos, antecipadamente, pela China”, afirmou.

Tarifas ainda seguem em vigor

Apesar do avanço, as tarifas impostas por ambos os lados permanecem, segundo o que foi acordado no encontro em Genebra, em maio. Trump afirmou que os EUA mantêm tarifas totais de 55% sobre produtos chineses — uma soma de medidas anteriores e das novas impostas em seu segundo mandato. Já na China, a média de tarifas sobre produtos americanos é de cerca de 33%, segundo o Instituto Peterson.

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