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China impede acesso de navio dos EUA a porto de Hong Kong

Medida ocorre em meio a tensões comerciais crescentes entre Pequim e Washington e uma decisão norte-americana de impor sanções a militares da China

China recusou um pedido feito por um navio de guerra dos Estados Unidos para visitar Hong Kong (Jason Lee/Reuters)

China recusou um pedido feito por um navio de guerra dos Estados Unidos para visitar Hong Kong (Jason Lee/Reuters)

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Reuters

Publicado em 25 de setembro de 2018 às 09h07.

Última atualização em 25 de setembro de 2018 às 09h10.

Hong Kong/Pequim - A China recusou um pedido feito por um navio de guerra dos Estados Unidos para visitar Hong Kong, informou o consulado dos EUA na cidade chinesa nesta terça-feira, em meio a tensões comerciais crescentes entre Pequim e Washington e uma decisão norte-americana de impor sanções a militares da China.

O navio de assalto anfíbio Wasp deveria fazer uma escala na ex-colônia britânica de Hong Kong em outubro, disseram fontes diplomáticas.

"O governo chinês não aprovou um pedido para uma visita portuária do USS Wasp dos EUA a Hong Kong", disse uma porta-voz do consulado. "Temos um longo histórico de visitas portuárias bem-sucedidas a Hong Kong, e esperamos que continue assim", acrescentou.

Em Pequim, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Geng Shuang, não respondeu diretamente quando indagado se a China recusou o pedido.

"Quanto a pedidos de navios militares dos EUA para visitarem Hong Kong, a China sempre emitiu aprovações caso a caso, de acordo com o princípio da soberania e da situação detalhada", disse ele aos repórteres, sem dar detalhes.

Em 2016, em um momento de tensões elevadas por causa de reivindicações territoriais no disputado Mar do Sul da China, a China negou um pedido de um grupo de ataque de um porta-aviões liderado pelo John C. Stennis para visitar Hong Kong.

No sábado a China convocou o embaixador dos EUA em Pequim e adiou negociações militares conjuntas para protestar contra uma decisão norte-americana de impor sanções a uma agência militar chinesa e seu diretor pela compra de caças russos e um sistema antimísseis terra-ar.

China e EUA também estão envolvidos em uma guerra comercial cada vez mais agressiva.

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