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China garante que 'não procura proteger ninguém' na crise coreana

Pequim quer que os dois países voltem ao caminho do diálogo e da negociação

O chanceler chinês Yang Jiechi: a China continua o único aliado político da Coreia do Norte (Arquivo/Getty Images)

O chanceler chinês Yang Jiechi: a China continua o único aliado político da Coreia do Norte (Arquivo/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2010 às 07h41.

Pequim - O ministro de Assuntos Exteriores chinês, Yang Jiechi, garantiu nesta quarta-feira que a China não tem intenção de proteger ninguém na crise das duas Coreias e pediu que "não se faça nada para exacerbar a situação", enquanto uma delegação norte-coreana continua visita a Pequim.

Yang ressaltou que nos assuntos relacionados à península coreana o país é neutro, "decide sua posição baseando-se nos méritos de cada episódio, e não procura proteger nenhum bando", em discurso citado nesta quarta-feira pela agência oficial "Xinhua".

O chanceler destacou que o mais urgente atualmente é "evitar uma escalada da tensão na península coreana" e que as partes "mantenham calma e atuem com moderação, trabalhando para que a situação volte ao caminho do diálogo e da negociação".

Yang lembrou que a China propôs uma reunião de emergência em Pequim entre as duas Coreias, Estados Unidos, China, Rússia e Japão nos próximos dias.

Embora os envolvidos tenham demonstrado ceticismo com a convocação, Yang manteve sua confiança em que a proposta seja aceita e "ajude a melhorar a atual tensão, criando condições para um reatamento do diálogo de seis lados".

Nesta quarta-feira, continua visita oficial à China uma delegação da Assembleia Popular Suprema da Coreia do Norte liderada pelo presidente, Choe Thae-bok.

Choe se reuniu nesta quarta com o vice-presidente da Assembleia Nacional Popular chinesa, Chen Zhili, destacou "Xinhua", sem dar mais detalhes sobre o encontro.

Apesar das pressões dos últimos dias por parte de Washington e Seul, Pequim adotou na atual crise um tom neutro, sem classificar os incidentes da semana passada na ilha de Yeonpyeong como um "ataque norte-coreano", mas mais como "uma troca de artilharia" entre as duas Coreias.

China é o único aliado político da Coreia do Norte e seu principal fornecedor de ajuda econômica.

Neste ano ambos os regimes comunistas comemoram o 60º aniversário do início da Guerra da Coreia, na qual ambos lutaram contra o Sul (apoiado pelos EUA) e que terminou com um armistício, sem acordo de paz, em 1953.

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