Mundo

China finaliza projeto das Três Gargantas após 23 anos

A barragem das Três Gargantas começou a ser construída em 1993 para responder à crescente demanda energética do delta do Yang Tsé

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2016 às 09h17.

Pequim - A China deu por finalizada as obras da barragem das Três Gargantas, o maior projeto hidrelétrico do mundo, com o início do último detalhe da obra, um elevador para que as embarcações que navegam pelo Yang Tsé possam superar o dique, informou nesta segunda-feira o jornal oficial "China Daily".

O elevador, o maior do mundo para embarcações, foi projetado por engenheiros chineses e alemães e começou seu funcionamento em fase experimental no domingo, o que, segundo a imprensa oficial chinesa, significa o final de 23 anos de trabalhos na represa.

A estrutura permitirá que embarcações de tamanho médio e pequeno, com um deslocamento máximo de 3 mil toneladas, superem um desnível de cerca de 113 metros, os que separam o nível do rio antes e depois da represa.

Até agora, a única forma como as embarcações tinham de superar esse desnível no Yang Tsé -um rio de intenso tráfego de navios, tanto de carga como de passageiros- era um sistema de cinco eclusas de embarque, também o maior do mundo em seu tipo, com o qual os navios demoravam cerca de quatro horas para atravessar a represa.

O elevador, com uma caixa d'água de 120 metros de comprimento, 18 de largura e 3,5 de profundidade para a colocação nela das embarcações, fará com que esse tempo se reduza a 40 minutos.

A barragem das Três Gargantas, já sugerida por Mao Tsé-tung nos anos 50, começou a ser construída em 1993 para responder à crescente demanda energética do delta do Yang Tsé (Xangai e arredores), líder do desenvolvimento econômico chinês, e também para tentar reduzir as inundações e crescidas do maior rio da Ásia.

Os opositores à construção da represa criticam que cerca de 1,28 milhão de pessoas tiveram que ser deslocadas para sua construção, além do negativo impacto ambiental e da perda de patrimônio arquitetônico chinês que ficou submergido sob as águas. 

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaBarcosChinaEnergia elétricaHidrelétricasObras públicas

Mais de Mundo

Sobe para 25 o número de mortos em explosões de walkie-talkies do Hezbollah

Exército do Líbano detona dispositivos de comunicação 'suspeitos' após onda de explosões

Parlamento Europeu reconhece Edmundo González Urrutia como presidente eleito da Venezuela

Colômbia suspende diálogo com ELN após ataque a base militar