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China fecha projeto de petróleo de US$9 bi com Kuweit

Kuweit planeja mais que dobrar suas exportações para a China, passando dos frente aos 200 mil barris por dia do ano passado para 500 mil

Para a China, que importa 55% de seu petróleo, é essencial um compromisso de longo prazo deste tipo para garantir o fornecimento de óleo  (Guang Niu/Getty Images)

Para a China, que importa 55% de seu petróleo, é essencial um compromisso de longo prazo deste tipo para garantir o fornecimento de óleo (Guang Niu/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2011 às 14h03.

Pequim - A China aprovou um projeto de refinaria e petroquímica por meio de uma joint venture entre o Kuweit e a estatal chinesa Sinopec, disseram duas fontes à Reuters na segunda-feira.

O projeto, a ser construído na cidade costeira sulina de Zhanjiang, vai assegurar ao Kuweit, o sétimo maior produtor de petróleo do mundo, um local seguro para seu óleo, à frente de competidores como a Venezuela, a Rússia e o Catar, que também estão planejando refinarias na China.

O Kuweit planeja mais que dobrar suas exportações para a China, passando dos frente aos 200 mil barris por dia do ano passado para 500 mil.

Para a China, que importa 55 por cento de seu petróleo, um compromisso de longo prazo deste tipo para garantir o fornecimento de óleo é essencial.

O negócio na província de Guangdong inclui uma refinaria com capacidade para processar 300 mil barris por dia e um milhão de toneladas de etileno por ano.

Isso torna o Kuweit o segundo produtor da Opep depois da Arábia Saudita a ter uma refinaria no mercado de petróleo que mais cresce no mundo.

A China, que queimou cerca de 9 milhões de barris por dia de petróleo no ano passado, é o segundo maior consumidor depois dos Estados Unidos, e vem expandindo rapidamente seu setor de refinarias nas duas últimas décadas para alimentar uma economia robusta que já é a segunda maior do mundo.

Mas a indústria, tradicionalmente dominada pela PetroChina e a estatal Sinopec, cada vez mais favorece expandir seu próprio negócio, deixando espaço apenas para parceiros com grande oferta de petróleo.

"A comissão deu a aprovação na semana passada", disse à Reuters um funcionário da indústria chinesa com conhecimento direto da decisão do governo, referindo-se ao principal organismo de planejamento do governo, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma. O anúncio é iminente, disse a fonte.

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