Os manifestantes ainda afirmaram que a poluição industrial provocou pelo menos 31 casos de câncer, incluindo seis casos de leucemia (AFP)
Da Redação
Publicado em 19 de setembro de 2011 às 09h14.
Pequim - O governo da China anunciou nesta segunda-feira o fechamento provisório de uma fábrica de painéis solares no leste do país após os protestos de centenas de manifestantes que denunciaram a contaminação do meio ambiente.
Centenas de chineses enfrentaram as forças de segurança na quinta-feira, sexta-feira e sábado e acusaram a fábrica de contaminar o meio ambiente, além de provocar câncer em várias pessoas.
Os protestos começaram na quinta-feira, quando 500 moradores da localidade de Hongxiao se reuniram na cidade de Haining (província de Zhejiang) para exigir explicações sobre a morte de uma grande quantidade de peixes em um rio próximo, informa a agência estatal Xinhua.
Também afirmaram que a poluição industrial provocou pelo menos 31 casos de câncer entre os habitantes, incluindo seis casos de leucemia.
Os manifestantes invadiram uma fábrica da empresa Jinko Solar, onde saquearam os escritórios e depredaram veículos, antes da ação da polícia. Os confrontos prosseguiram na sexta-feira e sábado.
Os resíduos industriais da fábrica não cumpriam com as normas em vigor desde abril, segundo Chen Hongming, diretor adjunto do Escritório de Assuntos Ambientais de Haining, citado pela Xinhua.
A Jinko Solar, que é cotada na Bolsa de Nova York (NYSE), afirma em seu site que tem mais de 10.000 funcionários em fábricas nas províncias de Jiangxi e Zhejiang.