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China reage e critica novas tarifas de Trump sobre aço e alumínio

Presidente americano anunciou no domingo que pretende impor tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio que entrassem nos Estados Unidos,

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 10 de fevereiro de 2025 às 09h45.

Última atualização em 10 de fevereiro de 2025 às 10h50.

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A China afirmou nesta segunda-feira, 10, que não há vencedores em guerras comerciais e que "o protecionismo não tem saída", ao comentar as últimas tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre as importações de aço e alumínio.

"O protecionismo não tem saída. Não há vencedores em guerras comerciais e tarifárias", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Guo Jiakun, em uma entrevista coletiva.

Além disso, destacou que a China se opõe à politização de questões econômicas, comerciais e tecnológicas e que, em contraposição, a intenção de Pequim sempre foi "criar um ambiente de negócios internacionalizado, baseado no direito e orientado ao mercado".

"O mercado chinês trata todos os países igualmente e está igualmente aberto a empresas de todos os países", declarou.

Trump anunciou no domingo que pretende impor tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio que entrassem nos Estados Unidos, uma medida que já havia tomado durante seu primeiro mandato para proteger a indústria de seu país nessas áreas.

A China é o maior exportador de aço do mundo, com mais de 100 milhões de toneladas em 2024, mas os EUA não estão entre seus principais compradores, com Washington importando apenas cerca de 1,8% de suas compras totais de Pequim, de acordo com o banco de dados de estatísticas comerciais Comtrade das Nações Unidas.

Quanto ao alumínio, os EUA importam 3% de suas compras totais da China.

Paralelamente, entraram em vigor hoje as tarifas impostas pela China a produtos americanos, em resposta às aplicadas por Washington às importações chinesas, sem que haja ainda sinais de que as duas potências tenham chegado a um acordo para pôr fim a este novo capítulo na guerra comercial bilateral.

Pequim anunciou em 4 de fevereiro que imporia tarifas de 10% a 15% sobre certos produtos dos EUA a partir de hoje, após as taxas adicionais de 10% prometidas por Trump sobre produtos chineses entrarem em vigor.

Pequim também anunciou novos controles sobre exportações de minerais importantes e iniciou uma investigação antitruste sobre o gigante tecnológico americano Google.

A partir de hoje, a China impõe uma tarifa de 15% sobre produtos de carvão e gás natural liquefeito, bem como uma tarifa de 10% sobre petróleo bruto, máquinas agrícolas, carros de alta performance e caminhonetes.

A China também levou o caso à Organização Mundial do Comércio (OMC) e justificou suas tarifas dizendo que visam "salvaguardar a segurança e os interesses nacionais".

Trump adiou as tarifas que havia imposto sobre as importações do Canadá e do México em um mês, mas as tarifas de 10% sobre as importações chinesas entraram em vigor, embora alguns especialistas tenham dito nos últimos dias que as tarifas chinesas tinham como objetivo negociar a partir de uma posição de força para evitar um conflito comercial em larga escala.

Não surgiram relatos oficiais de Pequim sobre negociações com equipes dos EUA, e tudo pode ser deixado nas mãos do próprio Trump se ele propor uma conversa com seu homólogo chinês, Xi Jinping, para aproximar os dois lados.

Durante seu primeiro mandato (2017-2021), Trump já manteve um relacionamento tenso com Pequim ao impor várias rodadas de tarifas no valor de cerca de US$ 370 bilhões anuais, às quais a China respondeu com taxas sobre as exportações dos EUA.

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