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China executa 13 pessoas por ataques terroristas em Xinjiang

Os 13 executados estavam envolvidos em sete casos diferentes

Imagem de TV mostra prisioneiros em tribunal de Xinjiang, na China  (CCTV/AFP)

Imagem de TV mostra prisioneiros em tribunal de Xinjiang, na China (CCTV/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2014 às 06h52.

Pequim - A China executou ontem 13 pessoas culpadas de "ataques terroristas e crimes violentos" em diferentes partes da região noroeste de Xinjiang, informou nesta terça-feira a agência oficial "Xinhua".

Os 13 executados estavam envolvidos em sete casos diferentes e foram condenados, segundo a agência, por "dirigir e participar de grupos terroristas, cometer assassinatos e roubos, assim como fabricar e armazenar explosivos".

Os executados foram declarados culpados previamente pelos tribunais locais das comarcas de Aksu, Turpan e Hotan, mas as penas de morte foram aprovadas pela Suprema Corte do país, conforme estabelece a lei chinesa.

"Os 13 planejaram ataques e mataram policiais, oficiais do governo e civis. Levaram vidas inocentes, causaram enormes perdas materiais e puseram gravemente em perigo a segurança pública", garantiu a "Xinhua", citando os tribunais locais.

Veículos da imprensa estatal chinesa ofereceram imagens do julgamento, nas quais vários dos suspeitos apareciam vestidos com roupas laranja em um tribunal da província de Xinjiang.

A execução anunciada na segunda-feira também coincidiu com a pena de morte de três autores do atentado perpetrado em outubro de 2013 na emblemática Praça da Paz Celestial, no coração de Pequim, que deixou cinco mortos e 40 feridos.

O governo chinês acusou o Movimento Islâmico do Turquestão Oriental (Etim), a mais conhecida das organizações terroristas que reivindicam a independência de Xinjiang, de ser o responsável pelo ataque no coração da capital chinesa.

A região autônoma de Xinjiang é um dos pontos quentes da China após décadas de conflito entre os uigures e a etnia han, majoritária no país.

Pequim garante que grupos extremistas atuam na região, muitos deles dirigidos por membros da etnia uigur, que reivindicam a independência dessa região sob o nome de "Turquestão Oriental".

Por sua parte, os grupos uigures no exílio acusam Pequim de usar o terrorismo como desculpa para reprimir sua religião e cultura e asseguram que o recente aumento dos enfrentamentos étnicos se deve à "persistente" violação de direitos humanos por parte da China.

Durante os últimos cinco anos, o número de vítimas relacionadas com enfrentamentos entre as autoridades e esses grupos ou por ataques terroristas é de cerca de 400.

Além disso, nos últimos meses, alguns ataques ocorreram fora da região, algo inédito até o momento, o que levou à China a desenvolver uma campanha antiterrorista e aumentar a vigilância por todo o país. 

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