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China estende busca de Boeing desaparecido a seu território

Pequim iniciou suas operações de busca nas regiões do país situadas "no corredor aéreo norte", uma das trajetórias possíveis do aparelho

Painel com mensagens aos passageiros do voo desaparecido MH370 da Malaysia Airlines no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur
 (MOHD RASFAN/AFP)

Painel com mensagens aos passageiros do voo desaparecido MH370 da Malaysia Airlines no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur (MOHD RASFAN/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de março de 2014 às 13h33.

Pequim - Dez dias após o misterioso desaparecimento do Boeing 777-200 da Malaysia Airlines, a China iniciou operações de busca em seu próprio território, informou nesta terça-feira um responsável chinês.

Pequim iniciou suas operações de busca nas regiões do país situadas "no corredor aéreo norte", uma das trajetórias possíveis do aparelho, declarou o embaixador chinês na Malásia, Huang Huikang, citado pela agência estatal Xinhua.

Huang Huikang revelou ainda que uma investigação sobre os passageiros chineses do voo MH370, desaparecido no dia 8 de março, não revela qualquer elemento que relacione o grupo ao misterioso incidente.

"Não encontramos qualquer prova ligando os passageiros chineses a um sequestrado ou atentado" contra o avião da Malaysia Airlines, que fazia a rota entre Kuala Lumpur e Pequim, disse o diplomata.

Das 239 pessoas a bordo do Boeing, 153 são cidadãos chineses.

As investigações sobre o desaparecimento do voo MH370 se concentram na cabine dos pilotos e nas últimas palavras recebidas em terra, pronunciadas pelo copiloto, que coincidiram com o momento em que os principais sistemas de comunicação da aeronave foram deliberadamente desligados.

Às 01H19 de sábado 8 de março (14H19 de sexta-feira no horário de Brasília), 38 minutos após a decolagem do Boeing 777 de Kuala Lumpur, o controle aéreo registrou a última comunicação oral a partir da cabine do piloto: "Tudo bem, boa noite".


Estas poucas palavras em inglês ("All right, good night"), pronunciadas de maneira descontraída segundo as autoridades malaias, foram uma resposta aos controladores de voo que anunciaram à tripulação que o avião se preparava para deixar o espaço aéreo malaio.

O sistema ACARS (Aircraft Communication Addressing e Reporting System), que permite a troca de informações entre a aeronave em voo e o centro operacional de uma companhia aérea, emitiu um último sinal às 01h07. Ele deveria voltar a emitir meia hora depois, às 01h37.

A desativação deste sistema é necessariamente realizada por um piloto ou uma pessoa com conhecimentos na área, de acordo com especialistas.

O transponder, um outro dispositivo crucial, que envia informações sobre a posição da aeronave, foi deliberadamente desligado dois minutos após a mensagem atribuída ao copiloto.

O avião desapareceu dos radares civis às 1h30. Os dados coletados desde então permitem afirmar que o avião mudou de direção entre a Malásia e o Vietnã e continuou voando por quase sete horas.

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