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China está modernizando seu exército, diz Pentágono

Pentágono manifestou em um relatório sua preocupação com a aquisição por parte da China de tecnologia ocidental

Chineses observam caça em feira de Pequim em 2011; Pentágono alerta para obtenção de tecnologia ocidental pela China
 (Simon Lim/AFP)

Chineses observam caça em feira de Pequim em 2011; Pentágono alerta para obtenção de tecnologia ocidental pela China (Simon Lim/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2012 às 14h46.

Washington - O Pentágono manifestou em um relatório anual divulgado nesta sexta-feira sua preocupação com a aquisição por parte da China de tecnologia ocidental que pode ter uso civil e militar, assim como por suas atividades de ciberespionagem, para modernizar suas Forças Armadas.

Pequim "moderniza suas Forças Armadas incorporando tecnologias ocidentais (principalmente americanas) de duplo uso", indica o Departamento de Defesa em um relatório sobre o estado das Forças Armadas chinesas.

Segundo o Pentágono, "tirar proveito da aquisição, legal e ilegal, de tecnologias de duplo uso vinculadas à atividade militar" é um "objetivo de segurança nacional", estabelecido por Pequim.

As Forças Armadas americanas temem, com isso, que "o efeito cumulativo das transferências tecnológicas de duplo uso contribua substancialmente com as capacidades militares" chinesas.

O Pentágono está preocupado com a possibilidade de que os fabricantes aeronáuticos ocidentais "possam por inadvertência beneficiar a indústria aeronáutica militar chinesa". A construtora europeia Airbus inaugurou uma linha de produção para seus A320 em Tianjin em 2009.

"Estamos atentos aos investimentos chineses destinados a melhorar sua indústria de defesa e a sua capacidade de produzir versões locais de uma série de equipamentos militares", admitiu à imprensa David Helvey, alto funcionário do Pentágono encarregado de Assuntos Asiáticos.

A China também recorreu à espionagem econômica com fins militares.

"Os atores chineses são os responsáveis mais ativos e os mais obstinados do mundo no âmbito da espionagem econômica", denuncia o Pentágono, para o qual, além dos serviços de inteligência, também estão envolvidos os institutos de pesquisa.

Segundo o relatório do Pentágono, "em 2011 as redes de informática no mundo continuaram sendo alvo de intrusões e de roubos de dados, um bom número dos quais proveniente da China".

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