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China quer intermediar conversa do talibã com governo afegão

Ministro chinês diz que Pequim e Islamabad, capital paquistanesa, trabalharão juntos na reconstrução de relações políticas afegãs


	Afeganistão: "o país entrou em um importante período de transição", disse o ministro das Relações Exteriores chinês.
 (Reuters)

Afeganistão: "o país entrou em um importante período de transição", disse o ministro das Relações Exteriores chinês. (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2015 às 15h08.

Islamabad - A China está disposta a atuar como intermediária entre os talibãs e o governo afegão, semanas após a retirada das tropas de combate da Otan do Afeganistão, afirmou nesta quinta-feira o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi.

"Apoiaremos o governo afegão na busca de uma reconciliação com várias facções políticas, incluindo os talibãs", disse Wang, em uma coletiva de imprensa em Islamabad junto ao conselheiro de segurança paquistanês, Sartaj Aziz.

Wang também anunciou que o presidente chinês, Xi Jinping, realizará sua primeira visita ao Paquistão em breve, neste ano, uma viagem que classificou de histórica.

Os talibãs afegãos realizam uma insurreição contra Cabul desde que seu regime foi deposto, em 2001, por uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.

Em dezembro de 2014, as tropas de combate estrangeiras da Otan se retiraram do Afeganistão e restou uma força para formar o exército afegão.

Com a retirada da força da Otan no Afeganistão (Isaf), "o país entrou em um importante período de transição", disse o ministro chinês.

"Durante muito tempo, o Afeganistão sofreu convulsões. Já é hora de colocar fim a esta situação", afirmou, acrescentando que a "China está disposta a exercer um papel construtivo e fornecerá a ajuda necessária cada vez que as diferentes partes no Afeganistão pedirem".

Wang estimou que o Paquistão tem um papel insubstituível no Afeganistão, e disse que Pequim e Islamabad trabalharão juntos sobre o caso afegão.

Há algumas semanas, os talibãs emitiram um comunicado em seu site em inglês afirmando que enviaram uma delegação à China, mas disseram que o objetivo não era entrar em negociações.

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