Energia lunar: China e Rússia planejam usina nuclear para estação internacional até 2035. (Elen11/Getty Images)
Estagiária de jornalismo
Publicado em 21 de maio de 2025 às 13h13.
Última atualização em 21 de maio de 2025 às 14h13.
A China e a Rússia anunciaram um plano conjunto para criar uma usina nuclear na superfície lunar até o ano de 2035. Segundo informações da Deutsche Welle, veículo de comunicação da Alemanha.
O objetivo é fornecer energia para a futura Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS), uma base científica que funcionará como um centro de pesquisas avançadas no satélite natural da Terra.
O acordo para essa colaboração foi formalizado recentemente entre a agência espacial russa Roscosmos e a Administração Espacial Nacional da China (CNSA).
A ILRS contará com a participação de diversos países e é vista como uma alternativa ao programa Artemis, liderado pela NASA, que também visa estabelecer uma presença humana sustentável na Lua.
A estação terá capacidade para operar de forma autônoma por longos períodos, além de receber missões tripuladas temporárias. O foco será realizar experimentos científicos e desenvolver tecnologias para futuras operações lunares.
Além da pesquisa científica, a Lua é alvo de interesse pela sua riqueza em recursos naturais.
O solo lunar contém óxidos metálicos, terras raras e regolito, além de reservas potenciais de hélio-3, um isótopo raro que pode ser utilizado como combustível para futuras usinas de fusão nuclear, uma fonte de energia limpa e poderosa.
A China tem investido fortemente em missões não tripuladas desde 2013, destacando-se por explorar regiões pouco conhecidas da Lua, como o lado oculto, que nunca é visível da Terra. Em 2024, o país se tornou o primeiro a coletar amostras do lado escuro lunar, um feito histórico que reforça sua posição na corrida espacial.
O projeto ILRS faz parte da estratégia chinesa para expandir sua liderança no setor espacial, com planos de convidar dezenas de países e milhares de pesquisadores para participar da iniciativa.
A missão Chang'e-8, prevista para 2028, será responsável pela instalação dos primeiros módulos da base lunar, além de tentar o primeiro pouso tripulado chinês na Lua.