Mundo

China e Paquistão fecham acordos de mais US$ 10 bi

Foco do premiê chinês é aumentar o comércio com o Paquistão e os investimentos no país

Jiabao disse que pretende dobrar o comércio entre os dois países, chegando a US$ 100 bi até 2015 (Spencer Platt/Getty Images)

Jiabao disse que pretende dobrar o comércio entre os dois países, chegando a US$ 100 bi até 2015 (Spencer Platt/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2010 às 13h26.

Nova York - A China e o Paquistão concluíram mais um total de US$ 10 bilhões em acordos neste sábado durante visita do primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao. Wen afirmou que a China "nunca vai desistir" do problemático país muçulmano que detém armas nucleares. Líderes de negócios formalizaram um documento - que se somará aos US$ 20 bilhões em acordos assinados ontem - no hotel Marriott, em Islamabad, onde um grande ataque suicida deixou 60 mortos em 2008.

Aumentar o comércio e o investimento com o empobrecido Paquistão tem sido o principal foco da primeira visita de um premiê chinês ao país em cinco anos. O Paquistão, que é a linha de frente na luta dos EUA contra a Al-Qaeda, considera a China seu aliado mais próximo e acredita que os acordos são muito importantes para uma economia que recebe poucos investimentos do Ocidente e que sofreu com inundações catastróficas neste ano.

Wen e o líder paquistanês, Yousuf Raza Gilani, presidiram uma reunião em que executivos assinaram 22 contratos e 17 memorandos de entendimento, como informou a rede de televisão estatal. Segundo uma lista fornecida para a imprensa, o maior acordo vale US$ 6,5 bilhões e tem como objetivo desenvolver energia solar e eólica.

O Paquistão enfrenta uma crise de energia e produz apenas 80% da eletricidade que precisa. Embora não tenha sido mencionado, esperava-se que a China fechasse um acordo para construir uma usina de energia nuclear de 1 gigawatt no Paquistão, que pretende produzir 8 mil megawatts de eletricidade até 2025.

"Sob nenhuma circunstância nós desistiremos do nosso compromisso de prosseguir com essa parceria", disse Wen. Antes de chegar a Islamabad, o premiê chinês visitou a Índia, onde sua delegação assinou acordos que almejam dobrar o comércio entre os dois países para US$ 100 bilhões até 2015. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:ComércioÁsiaChinaComércio exterior

Mais de Mundo

Israel intensifica preparativos para ofensiva em Gaza

Putin e Trump: mídia russa reage de forma negativa ao encontro de presidentes no Alasca

Venezuela se prepara para reação militar contra os EUA com 4,5 milhões de paramilitares mobilizados

Incerteza sobre aliança com os EUA leva Japão a reabrir debate sobre armas nucleares