Mundo

China e Irã assinam acordo de cooperação estratégica de 25 anos

O acordo marcou a primeira vez que o Irã assinou um acordo tão abrangente com uma grande potência mundial

China e Irã: tratado, que vinha sendo discutido desde 2016, também apoia o turismo e o intercâmbio cultural (Andriano_cz/Getty Images)

China e Irã: tratado, que vinha sendo discutido desde 2016, também apoia o turismo e o intercâmbio cultural (Andriano_cz/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de março de 2021 às 16h09.

Irã e China assinaram neste sábado (27) um acordo de cooperação estratégica de 25 anos abordando questões econômicas, enquanto os dois países são alvos de sanções dos Estados Unidos, informou a TV estatal iraniana. Batizado de Parceria Estratégica Abrangente, o acordo cobre uma variedade de atividades econômicas, de petróleo e mineração à promoção da atividade industrial no Irã, bem como transporte e colaborações agrícolas, de acordo com o relatório.

Nenhum detalhe adicional do acordo foi revelado quando o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, e seu homólogo chinês Wang Yi, participaram de uma cerimônia que marcou a assinatura.

O acordo marcou a primeira vez que o Irã assinou um acordo tão abrangente com uma grande potência mundial. Em 2001, o Irã e a Rússia assinaram um acordo de cooperação de 10 anos, principalmente no campo nuclear, que foi estendido para 20 anos por meio de duas extensões de cinco anos.

O tratado, que vinha sendo discutido desde 2016, também apoia o turismo e o intercâmbio cultural. Ele acontece no 50º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre a China e o Irã.

O Irã e a China realizaram cerca de US$ 20 bilhões em comércio anualmente nos últimos anos. O valor representa uma queda em relação a quase US$ 52 bilhões em 2014, no entanto, devido à queda nos preços do petróleo e às sanções dos EUA impostas em 2018 depois que o então presidente Donald Trump retirou os EUA unilateralmente de um acordo nuclear entre o Irã e as potências mundiais, dizendo que precisava ser renegociado.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)ChinaComércio exterioreconomia-internacional

Mais de Mundo

Polônia coloca sua força aérea em alerta máximo após Rússia atacar Ucrânia

Hamas estima que um milhão de pessoas se aglomeram no sul de Gaza

Aeroporto de Dublin reabre terminal após alerta de segurança e esvaziamento de terminal

China volta a anunciar sanções contra redes sociais por conteúdos 'indesejáveis'