Agência
Publicado em 11 de junho de 2025 às 13h57.
O vice-ministro do Comércio da China e representante de negociações comerciais internacionais, Li Chenggang, informou que, nos últimos dois dias, a China e os Estados Unidos realizaram negociações técnicas durante a primeira reunião do mecanismo de consulta econômica e comercial bilateral.
Segundo ele, os dois países concordaram, em princípio, com uma estrutura para aplicar os consensos definidos na conversa telefônica entre os presidentes em 5 de junho e nas reuniões anteriores em Genebra. Li Chenggang destacou que o avanço obtido em Londres pode contribuir para a retomada da confiança mútua e para a estabilização das relações econômicas e comerciais entre as duas maiores economias do mundo. Além disso, ressaltou que os resultados do encontro podem ter impacto positivo no crescimento da economia global.
Em entrevista ao programa Morning Call, da CNN, Daniel Lau, diretor comercial do IEST Group, afirmou: “Há uma mudança nítida de postura, que antes era de confronto, até alguns dias, semanas ou meses atrás, e agora passa para uma coordenação, uma cooperação, uma construção de consenso entre os dois lados, o que reduz mal-entendidos. As conversas continuam, mas agora precisam do aval dos dois presidentes. Sem dúvida, este é um momento muito mais positivo do que tempos atrás."
Esse avanço começou algumas semanas atrás, quando os dois países reduziram as taxas de importação entre si. Antes, os impostos chegavam a 125%, 135% ou até mais, o que inviabiliza o comércio exterior entre essas duas grandes potências. A redução para níveis significativos, como 30% e 10%, facilita o diálogo entre as autoridades para definir os próximos passos.
Existe uma pauta extensa, com muitos pontos a resolver, mas o diálogo e o consenso são fundamentais agora.
Estamos em junho, e o Natal, que parece distante, está logo ali. No comércio internacional, essa época é crucial.
O fato de os dois lados buscarem um consenso, mesmo que parcial, já facilita o comércio bilateral e o fluxo de mercadorias, beneficiando o Natal em ambos os países.