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China diz que irá fortalecer a flexibilidade do iuan

Declarações não devem significar uma ampliação iminente da banda diária de negociações da moeda, mas destacam a intenção de introduzir flutuações em ambas as direções

China tornará a cotação do iuan mais flexível (ChinaFotoPress/Getty Images)

China tornará a cotação do iuan mais flexível (ChinaFotoPress/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de novembro de 2011 às 08h56.

XANGAI - A China tornará a cotação do iuan mais flexível e as últimas reformas para tornar a moeda mais orientada para o mercado já começaram a mostrar resultados, disse o primeiro-ministro Wen Jiabao neste sábado.

As declarações não devem significar uma ampliação iminente da banda diária de negociações do iuan, mas destacam a intenção de Pequim de introduzir flutuações em ambas as direções, suavizando expectativas de que a moeda chinesa só vá subir.

Apontando para as apostas recentes nos mercados estrangeiros que fizeram com que o iuan atingisse o fundo de sua banda de negociações várias vezes, Wen disse que a queda no yuan "não poderia ter sido engendrada."

"A China vai continuar a monitorar de perto os movimentos do iuan e vai fortalecer a flexibilidade de comercialização do iuan em qualquer direção," disse o premiê em um boletim de notícias noturno transmitido pela CCTV.

Wen também disse ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que o desequilíbrio comercial entre os dois países era uma questão estrutural e que manter o desenvolvimento saudável do comércio bilateral era fundamental para ambos os países e para o mundo, segundo a CCTV.

As declarações de Wen sobre o iuan estavam de acordo com as últimas iniciativas do banco central para encorajar que o valor da moeda flutue de forma mais livre dentro da banda diária de negociações. O Banco do Povo da China (PBOC) permite que o iuan aumente ou caia 0,5 por cento do seu ponto médio diário.

Alguns analistas e corretores argumentam que o banco central está preparando o terreno para uma ampliação da banda de negociações, o que permitiria à China dizer, diante da renovada pressão norte-americana, que está de fato avançando com a reforma para afrouxar o controle sobre a moeda.

A moeda chinesa subiu cerca de 40 por cento desde que Pequim abandonou sua paridade com o dólar norte-americano, em 2005.

Líderes chineses rejeitaram várias vezes pedidos dos EUA e de outros países ricos para que permitissem uma valorização mais rápida do iuan.

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