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China diz a Obama que meta é "contribuir", não influenciar mundo

Em seu discurso de despedida, Obama disse que os Estados Unidos têm mais influência global que a potência asiática

China: segundo o porta-voz, China e EUA têm "ideias diferentes às vezes" (Toby Melville / Reuters)

China: segundo o porta-voz, China e EUA têm "ideias diferentes às vezes" (Toby Melville / Reuters)

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EFE

Publicado em 11 de janeiro de 2017 às 09h46.

Pequim - A China respondeu nesta quarta-feira à menção que o presidente americano, Barack Obama, fez ao país em seu discurso de despedida, no qual disse que os Estados Unidos têm mais influência global que a potência asiática, com a alegação de que o governo chinês não busca influenciar a comunidade internacional, mas "contribuir para ela".

"Em nossas relações com o resto do mundo, nos concentramos mais em que contribuição podemos fazer à comunidade internacional enquanto nos desenvolvemos, no que podemos oferecer, ao invés de focar em nossa influência", afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lu Kang, em entrevista coletiva.

"Não estou de acordo com o que disse" Obama, ressaltou Lu, que acrescentou que China e EUA têm "ideias diferentes às vezes" e que o Pequim "sempre defende a democracia nas relações internacionais"

"Por outro lado, se você insiste em falar de influência, nós chineses temos a lógica de que o que um país influencia na comunidade internacional deve ser julgado por esta, não pela nação em si", concluiu Lu.

Obama afirmou em seu discurso, pronunciado em Chicago dez dias antes da posse de Donald Trump, que "rivais como Rússia e China não podem superar" a influência americana no mundo todo, a não ser que os EUA renunciem ao que sempre defenderam e se transformem "em outro país grande que abusa de seus vizinhos menores".

Em seu discurso, que teve alguns momentos emotivos e nostálgicos, Obama afirmou que diante da ameaça à hegemonia que potências como Rússia e China representam, o povo americano deve se manter "vigilante, mas não assustado".

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