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China deve fortalecer treinamento para 'combate real', diz Xi Jinping

Pequim considera Taiwan como uma província que ainda não conseguiu incorporar ao seu território desde o fim da guerra civil em 1949

Chin: Xi Jinping pediu às Forças Armadas que "reforcem o treinamento militar orientado para o combate real" (Justin Chin/Getty Images)

Chin: Xi Jinping pediu às Forças Armadas que "reforcem o treinamento militar orientado para o combate real" (Justin Chin/Getty Images)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 12 de abril de 2023 às 11h35.

O presidente da China, Xi Jinping, pediu às Forças Armadas que reforcem seu treinamento militar orientado para o "combate real", em meio às tensões sobre Taiwan e depois de exercícios militares de três dias para pressionar a ilha.

Pequim considera Taiwan como uma província que ainda não conseguiu incorporar ao seu território desde o fim da guerra civil em 1949.

Para o governo chinês, o encontro da semana passada entre a presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, e Kevin McCarthy, presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, foi uma provocação.

Em resposta, o Exército chinês organizou exercícios militares para pressionar Taiwan. Para essas manobras, que terminaram na segunda-feira, a China mobilizou navios de guerra, lançadores de mísseis e caças.

Defesa da soberania territorial chinesa

Nesta quarta-feira, 12, a televisão estatal CCTV transmitiu os primeiros comentários públicos de Xi Jinping desde os exercícios.

O exército deve "defender com determinação a soberania territorial e os interesses marítimos da China, além de se esforçar para proteger a estabilidade periférica em geral", insistiu o dirigente chinês, na véspera, durante uma visita à base naval no sul, mas sem mencionar Taiwan diretamente.

Xi Jinping pediu às Forças Armadas que "reforcem o treinamento militar orientado para o combate real", de acordo com a CCTV.

Ontem, o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha criticou as "posições militares ameaçadoras" de Pequim, que aumentam "o risco de confrontos militares involuntários".

“Esperamos que todos os atores da região contribuam para a estabilidade e para a paz”, acrescentou Andrea Sasse, porta-voz do referido ministério, em entrevista coletiva em Berlim.

Paz em perigo

A reaproximação das autoridades taiwanesas com os Estados Unidos nos últimos anos irritou Pequim. Apesar do fato de Washington e Taipei não terem relações oficiais, os Estados Unidos fornecem apoio militar substancial à ilha.

No verão passado, a China fez manobras militares sem precedentes perto de Taiwan e disparou mísseis em resposta a uma visita à ilha da democrata Nancy Pelosi, quando ela ocupava o cargo hoje de McCarthy.

Xi deu essas declarações na terça-feira, dia em que Estados Unidos e Filipinas iniciaram os maiores exercícios militares conjuntos de sua história.

Com esses treinamentos, os dois aliados históricos tentam reforçar sua coordenação para neutralizar a influência da China na região. A proximidade das Filipinas com Taiwan pode tornar o país um parceiro importante, se a China invadir a ilha.

No início deste mês, o governo filipino anunciou a localização de quatro novas bases militares que provavelmente serão usadas pelos Estados Unidos.Uma delas fica perto do Mar da China Meridional, e outra, não muito longe de Taiwan.

A China criticou o acordo, dizendo que "põe a paz e a estabilidade regionais em risco".

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