Bandeira da China: 400 pessoas foram presas na parte oeste e menos desenvolvida do país (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 21 de dezembro de 2012 às 09h04.
Pequim - A polícia chinesa deteve mais de 500 pessoas que pertencem a uma seita cristã local que estava espalhando rumores sobre o suposto fim do mundo, informou a mídia estatal nesta terça-feira. A Televisão Central da China informou que apenas na província de Qinghai, no oeste do país, foram detidas 400 pessoas. A polícia apreendeu panfletos, vídeos, livros e mais publicações com temas apocalípticos. A maioria das detenções ocorreu no menos desenvolvido oeste chinês, mas cerca de 100 pessoas foram presas nas províncias do leste, mais ricas.
As detenções ocorrem logo antes do dia 21 de dezembro - uma data que alguns afirmam que os maias, povo antigo que viveu no sul do México e América Central, marcaram para o fim do mundo, que também foi tema do filme de ficção 2012 - Armagedon. Os detidos pertencem à seita chinesa Deus todo-poderoso, também chamada de "Iluminação do Leste", que usa uma frase do Evangelho de Mateus da Bíblia. Amplamente visto como uma seita herética cristã, o grupo afirma que Jesus Cristo reapareceu como mulher na China central. A estranha seita chinesa é acusada de sequestrar cristãos de outras igrejas e torturá-los até que concordem em se converter.
A seita "Iluminação do Leste" apareceu há cerca de 20 anos. Segundo a agência estatal de notícias Xinhua, seus seguidores "recentemente se apegaram à profecia apocalíptica dos maias, de que o sol não brilhará e não haverá fornecimento de eletricidade por três dias, a partir de 21 de dezembro".
O governo chinês instou os cidadãos a que informem o governo sobre qualquer pessoa que estiver espalhando notícias sobre o suposto fim do mundo, sobre reuniões da seita e "propaganda política ilegal".
O website estatal de notícias Huashang, do governo chinês, reportou que a seita instava seus seguidores a "exterminarem o grande dragão vermelho" - o que seria uma referência direta ao Partido Comunista Chinês.
As informações são da Associated Press.