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China descarta maré negra causada por petroleiro em chamas

Petroleiro "Sanchi", com 136 mil toneladas de hidrocarbonetos leves, incendiou-se no sábado à noite após uma colisão com um cargueiro chinês

Acidente ocorreu cerca de 160 milhas náuticas (300 quilômetros) a leste da foz do rio Yangtze, perto de Xangai (Korea Coast Guard/Yonhap/Reuters)

Acidente ocorreu cerca de 160 milhas náuticas (300 quilômetros) a leste da foz do rio Yangtze, perto de Xangai (Korea Coast Guard/Yonhap/Reuters)

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AFP

Publicado em 10 de janeiro de 2018 às 12h17.

Pequim - As autoridades chinesas, que ainda lutavam nesta quarta-feira contra as chamas em um petroleiro iraniano na costa de Xangai, descartaram o risco de maré negra, embora tenham anunciado que os 31 marinheiros do navio seguem desaparecidos.

O petroleiro "Sanchi", com 136 mil toneladas de hidrocarbonetos leves (condensados), incendiou-se no sábado à noite após uma colisão com um cargueiro chinês.

O acidente ocorreu cerca de 160 milhas náuticas (300 quilômetros) a leste da foz do rio Yangtze, perto de Xangai, no leste da China.

A frota de barcos que se aproximaram do navio para resgatar sua tripulação e limpar o petróleo enfrentava a fumaça tóxica, chuva e ventos fortes em um mar agitado, o que tem dificultado a busca por possíveis sobreviventes.

Entre os 32 membros da tripulação - 30 iranianos e dois bengalis - apenas um corpo foi encontrado, informou o ministério chinês dos Transportes em um comunicado de terça-feira à noite.

Especialistas em meio ambiente estão preocupados com uma possível catástrofe ecológica ligada ao vazamento de petróleo.

Se toda a carga do petroleiro for descarregada no mar, será uma das piores marés negras das últimas décadas.

"Mas nenhum vazamento de petróleo significativo na superfície foi detectado", informou o ministério, que havia mencionado anteriormente "um risco de explosão ou naufrágio" do petroleiro, que ainda está em chamas.

"Com o navio em chamas, a maior parte da carga ​​deve ser consumida e não derramada na água", estimou a organização ambiental Greenpeace em um comunicado enviado à AFP.

"Mas se o navio virar antes que o petróleo seja completamente consumido, as operações de limpeza serão extremamente complicadas", acrescentou.

O petroleiro de bandeira panamenha, de 274 metros de comprimento, dirigia-se para a Coreia do Sul. Pertence à National Iranian Tanker Company (NITC), que administra a frota de petroleiros do Irã, segundo o ministério do Petróleo iraniano.

A outra embarcação envolvida na colisão, um cargueiro chinês com bandeira de Hong Kong, transportava 64 mil toneladas de cereais dos Estados Unidos para a China, de acordo com o ministério dos Transportes chinês. Os 21 membros da sua tripulação, composta de chineses, foram resgatados.

Trata-se da segunda colisão de um navio da NITC nos últimos anos. No verão de 2016, um superpetroleiro do operador iraniano se chocou com um cargueiro no Estreito de Cingapura, embora não tenha ocasionado vítimas nem provocado impacto no meio ambiente.

O Estreito de Cingapura é uma rota muito utilizada, o que aumenta o risco de colisão, como a ocorrida em agosto entre um petroleiro e o destróier americano "USS John McCain". Ainda assim, os acidentes em alto-mar seguem sendo incomuns.

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