Mundo

China defende diálogo com Coreia do Norte, apesar de novos testes

O objetivo do diálogo é conseguir que a Coreia do Norte interrompa seus testes nucleares e balísticos

Coreia do Norte: "Não há motivos para não haver um diálogo na situação atual", disse o embaixador (KCNA/Reuters)

Coreia do Norte: "Não há motivos para não haver um diálogo na situação atual", disse o embaixador (KCNA/Reuters)

A

AFP

Publicado em 23 de maio de 2017 às 19h07.

O embaixador da China na ONU, Liu Jieyi, afirmou nesta terça-feira (23) que "não há motivos" para se negar a dialogar com a Coreia do Norte, apesar de uma série de testes balísticos que foram objeto de uma dura condenação do Conselho de Segurança.

"Não há motivos para não haver um diálogo na situação atual", disse o embaixador Liu Jieyi aos jornalistas, após uma reunião do Conselho de Segurança, acrescentando que "é preciso vontade política".

Esses comentários foram dirigidos à Organização das Nações Unidas, a qual se declarou, em um comunicado, disposta a ter um diálogo com a Coreia do Norte. O objetivo é conseguir que Pyongyang interrompa seus testes nucleares e balísticos.

"Não vemos um motivo, pelo qual o diálogo não possa acontecer na situação atual", insistiu Liu.

O diplomata enfatizou que, nos esforços anteriores para reduzir as tensões na península coreana, "cada avanço foi conquistado, graças ao resultado do diálogo".

O Conselho se reuniu para discutir o reforço das sanções contra a Coreia do Norte, após condenar energicamente o lançamento de um míssil no domingo (21). Este foi o último de uma série de testes que visaria a desenvolver um míssil intercontinental capaz de alcançar os Estados Unidos.

Ao ser questionado sobre a imposição de novas sanções, o embaixador chinês respondeu que "era uma pergunta hipotética" e acrescentou que as atuais sanções devem ser impostas de "modo integral".

Há dias, os Estados Unidos negociam com a China novas sanções do Conselho de Segurança a Pyongyang. Na semana passada, a embaixadora americana nesse organismo, Nikki Haley, afirmou que um acordo final ainda não tinha sido alcançado.

"É o mesmo filme que temos visto. Ele continua com seus ensaios. Devemos passar para a ação", declarou Haley na segunda-feira (22) à emissora MSNBC.

Em um comunicado unânime divulgado ontem, o Conselho instruiu o comitê de sanções da ONU a redobrar os esforços para implementar uma série de fortes medidas aprovadas no ano passado.

"Isso é totalmente inaceitável", afirmou o embaixador japonês na Casa, Koro Bessho, depois da reunião do Conselho.

"A comunidade internacional tem que dar uma resposta para esse desafio", acrescentou Bessho.

"Espero que sejamos capazes de fortalecer o mecanismo das sanções", insistiu.

No ano passado, o Conselho de Segurança adotou dois grupos de sanções para aumentar a pressão sobre Pyongyang e impedir que consiga os recursos necessários para desenvolver seus programas militares.

Acompanhe tudo sobre:ChinaConselho de Segurança da ONUCoreia do Norte

Mais de Mundo

Mais de R$ 4,3 mil por pessoa: Margem Equatorial já aumenta pib per capita do Suriname

Nicarágua multará e fechará empresas que aplicarem sanções internacionais

Conselho da Europa pede que países adotem noção de consentimento nas definições de estupro

Tesla reduz preços e desafia montadoras no mercado automotivo chinês