Mundo

China critica "mentiras" dos EUA sobre sua relação com a Venezuela

Após ser acusado por Mike Pompeo de prolongar a crise na Venezuela, a China criticou os EUA e disse que eles veem a América Latina como seu "quintal"

A China é a principal credora da Venezuela e mantém relações com o governo Maduro (Lokman Ilhan/Anadolu Agency/Getty Images)

A China é a principal credora da Venezuela e mantém relações com o governo Maduro (Lokman Ilhan/Anadolu Agency/Getty Images)

A

AFP

Publicado em 15 de abril de 2019 às 11h55.

O governo chinês criticou nesta segunda-feira o que chamou de mentiras do secretário de Estado americano, Mike Pompeo, que acusou Pequim de prolongar a crise na Venezuela.

Pequim é o principal credor da Venezuela e mantém relações com o governo do presidente Nicolás Maduro, que também conta com o apoio da Rússia.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lu Kang, disse que Pompeo "caluniou sem justa causa" as relações entre a China e a América Latina, e que Washington vê a região como seu "quintal".

"Por algum tempo, alguns políticos dos Estados Unidos usam o mesmo discurso, o mesmo roteiro para caluniar a China em todo o mundo, atiçando as chamas e semeando a discórdia", disse o porta-voz.

"Palavras e ações são desprezíveis, mas mentiras são mentiras, mesmo que você as diga milhares de vezes, elas ainda são mentiras, sr. Pompeo, pare", exigiu.

Em um discurso no Chile na sexta-feira, Pompeo criticou a China por financiar o governo de Nicolás Maduro.

"Há uma lição a ser aprendida: a China e outros estão sendo hipócritas ao pedir a não intervenção nos assuntos da Venezuela. Suas próprias intervenções financeiras ajudaram a destruir o país", assegurou o secretário de Estado americano.

Acompanhe tudo sobre:ChinaEstados Unidos (EUA)Nicolás MaduroVenezuela

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia