Bandeira da China (Rawpixel/Thinkstock)
AFP
Publicado em 4 de fevereiro de 2018 às 12h16.
A China criticou neste domingo (4) o último relatório do Pentágono sobre a política nuclear dos Estados Unidos e expressou sua "firme oposição" a um documento cheio de "suposições aleatórias" sobre as intenções de Pequim.
Neste relatório, chamado "Postura nuclear", os Estados Unidos anunciaram na sexta-feira que deseja modernizar seu arsenal nuclear e desenvolver novas bombas atômicas de baixa potência. Além disso, detalha o que percebe como ameaças nucleares nas próximas décadas.
Embora se concentre na Rússia, o relatório alude à falta de transparência do arsenal nuclear da China em relação às suas novas capacidades, que vão desde um novo míssil balístico móvel intercontinental até um novo lançador de mísseis submarinos.
O Pentágono lança "suposições aleatórias" sobre as intenções da China e exagera a ameaça de sua força nuclear, declarou o porta-voz do ministério da Defesa chinês, Ren Guoqiang, em comunicado.
Ele expressou a "forte rejeição" de seu país sobre este relatório. A China "sempre manteve suas próprias forças nucleares no nível mínimo exigido para a sua segurança nacional", garantiu, lembrando que os Estados Unidos têm o maior arsenal nuclear do mundo.
De acordo com o Instituto Internacional da Paz de Estocolmo (Sipri), a China tem 270 ogivas nucleares contra 6.800 para os Estados Unidos.
A Rússia também denunciou no sábado a natureza "belicista" e "anti-russa" da nova posição nuclear americana e advertiu que adotará "as medidas necessárias" para garantir sua segurança contra os Estados Unidos.