China não participou da reunião por considerar que carecia de legitimidade (Kim Kyung-Hoon/Reuters)
EFE
Publicado em 17 de janeiro de 2018 às 10h25.
Pequim - O governo da China criticou nesta quarta-feira as conclusões da reunião sobre o programa nuclear da Coreia do Norte que 20 países realizaram ontem em Vancouver, no Canadá, e insistiu que o diálogo é a única forma de solucionar a crise.
A reunião de Vancouver decidiu fortalecer a vigilância marítima em torno da Coreia do Norte para evitar que esse país burle as sucessivas rodadas de sanções aprovadas pelas Nações Unidas.
A China não participou da reunião por considerar que carecia de legitimidade, já que a mesa era composta por 20 países que participaram de uma forma ou de outra na Guerra da Coreia da década de 1950, desde Estados Unidos e Canadá, e passando por Reino Unido, França, Austrália, Colômbia, Grécia e Luxemburgo.
"Esse formato é produto da mentalidade da Guerra Fria e só pode dividir a comunidade internacional e debilitar os esforços para solucionar adequadamente a questão", afirmou hoje o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, Lu Kang.
Lu ressaltou que, "sem a participação das partes importantes deste assunto, a reunião não pode ajudar a oferecer soluções adequadas", além de ter questionado de novo a "legalidade" do encontro da cidade canadense.
Como alternativa, a China pede que se apoie o avanço diplomático da última semana entre as duas Coreias, conquistado "a duras penas", e se retorne às conversas em seis partes (EUA, Rússia, China, Japão e as duas Coreias) dentro do marco do Conselho de Segurança da ONU.
"Os fatos demonstraram uma e outra vez que unicamente impor pressões e sanções será contraproducente", concluiu o porta-voz chinês.