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China corta preço de combustíveis para conter inflação

Pequim - A China vai cortar os preços dos combustíveis no mercado interno, confirmou nesta segunda feira, 31, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC, na sigla em inglês), em uma ação que deverá transferir a forte queda dos preços do petróleo ao bolso dos consumidores chineses e ajudar o governo central a manter […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Pequim - A China vai cortar os preços dos combustíveis no mercado interno, confirmou nesta segunda feira, 31, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC, na sigla em inglês), em uma ação que deverá transferir a forte queda dos preços do petróleo ao bolso dos consumidores chineses e ajudar o governo central a manter a inflação sob controle.

A China vai reduzir os preços da gasolina em 230 yuans por tonelada métrica e os preços do diesel em 220 yuans por tonelada a partir de amanhã, depois que os problemas da dívida soberana da Grécia e potenciais problemas em vários outros países da União Europeia levaram o preço do petróleo a um pesado declínio, segundo a NDRC.

As mudanças representam, respectivamente, cortes de cerca de 2,8% e 2,9% em relação à média atual de referência para a gasolina e ao teto de referência do diesel no varejo, de 8.220 yuans e 7.480 yuans por tonelada, de acordo com os cálculos da Dow Jones Newswires.

A China também vai cortar o preço de referência do querosene de aviação nº 3 em 220 yuans por tonelada, para 5.470 yuans por tonelada a partir amanhã, informou a comissão.

Pelo mecanismo chinês de preços de combustíveis para o mercado interno, os preços dos combustíveis podem ser ajustados quando a média móvel de uma cesta internacional de petróleo oscila mais de 4% em um período de 22 dias úteis.

O corte nos preços deve amenizar alguns receios de que Pequim vai ter dificuldade em alcançar sua meta de limitar o aumento nos preços ao consumidor em 3% ou menos este ano.

"Um preço menor nos produtos derivados de petróleo pode tirar um pouco da pressão inflacionária que Pequim está enfrentando por conta do aumento nos preços dos alimentos", disse recentemente Qiu Xiaofeng, analista da China Merchants Securities.

Yao Jingyuan, economista chefe do Escritório Nacional de Estatísticas da China, alertou na sexta-feira que a meta do índice de preços ao consumidor (CPI, em inglês) "pode ser alcançada, mas com dificuldades".

O CPI, o indicador mais importante de inflação da China, subiu 2,8% em abril em comparação com o ano passado e deve ter uma alta em torno de 2,5% no primeiro semestre deste ano.

O país aumentou o preço da gasolina e do diesel pela última vez em meados de abril, em 320 yuans por tonelada. As informações são da Dow Jones.

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