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China continua como maior detentora de títulos dos EUA

País asiático soma US$ 883,5 bilhões em títulos depois de voltar a comprá-los no terceiro semestre

Sede do banco central da China: país comprou US$ 15,1bi em títulos do EUA em setembro (Yongxinge/Wikimedia Commons)

Sede do banco central da China: país comprou US$ 15,1bi em títulos do EUA em setembro (Yongxinge/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2010 às 13h28.

As compras de títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries) pela China subiram US$ 15,1 bilhões em setembro, para US$ 883,5 bilhões, e o país manteve-se como o maior detentor estrangeiro dos títulos norte-americanos. As compras líquidas totalizaram US$ 39,8 bilhões no terceiro trimestre, levando as reservas do país para seu nível mais alto desde abril.

As vendas de Treasuries pela China no final de 2009 e no início deste ano desencadearam temores de que a maior nação credora dos EUA estava reduzindo sua exposição ao dólar. No entanto, parte dessa atividade refletiu o reequilíbrio da carteira de Treasuries de longo prazo.

O Japão foi um comprador forte de Treasuries nos últimos meses, ameaçando tomar a posição da China como o maior detentor estrangeiro dos títulos dos EUA. O país manteve-se na segunda posição em setembro, aumentando suas compras de títulos para US$ 865 bilhões, de US$ 836,6 bilhões em agosto.

Entre todos os investidores estrangeiros, as compras líquidas de Treasuries totalizaram US$ 78,3 bilhões em setembro, em comparação com as compras líquidas de US$ 117,1 bilhões um mês anterior.

A compra de Treasuries foi conduzida pelas compras líquidas recorde de instituições estrangeiras oficiais, como os bancos centrais, totalizando US$ 39,5 bilhões. O resultado superou as compras líquidas de US$ 31,5 bilhões registradas no mês anterior.

Os investidores estrangeiros privados compraram um total líquido de US$ 39,2 bilhões em Treasuries em setembro, depois de adquirirem US$ 85,5 bilhões em títulos em agosto.

As vendas líquidas de dívida emitidas por agências estatais, como a Fannie Mae e a Freddie Mac, totalizaram US$ 8,2 bilhões em setembro, após compras líquidas de US$ 4,6 bilhões registradas em agosto. O resultado foi provocado principalmente pela venda líquida recorde US$ 31,4 bilhões por instituições estrangeiras oficiais.

As compras estrangeiras líquidas de ações norte-americanas atingiram US$ 20,7 bilhões em setembro, ante aquisições líquidas de US$ 4,8 bilhões no mês anterior.

As compras estrangeiras líquidas de bônus corporativos totalizaram US$ 578 milhões em setembro, em comparação com as compras líquidas de US$ 10 bilhões em agosto. As informações são da Dow Jones.

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