Agência
Publicado em 13 de novembro de 2023 às 16h56.
De acordo com um recente relatório do Centro de China e Globalização, a China conquistou o segundo lugar mundial em termos de resiliência de sua cadeia industrial. Isso destaca a capacidade do país de se adaptar a desafios crescentes em um cenário global de cadeias de suprimentos cada vez mais complexas. O relatório, intitulado ‘Aprimorando a Resiliência das Cadeias Industriais Globais e Cadeias de Suprimentos’, foi divulgado em 6 de novembro, durante a sexta Exposição Internacional de Importação da China.
O relatório realça as vantagens notáveis da China em áreas-chave, como manufatura, situação geral da indústria e vitalidade corporativa. No entanto, também aponta áreas de fragilidade, com destaque para a necessidade de investimentos mais robustos em inovação e a carência de capital humano.
O estudo observa que as cadeias de suprimentos globais estão passando por um processo de encurtamento à medida que as principais economias intervêm fortemente, forçando uma busca crescente pela autossuficiência nacional. Essas intervenções não apenas vão contra os princípios fundamentais da economia de mercado, mas também desviam significativamente das normas de comércio multilateral da Organização Mundial do Comércio.
Enquanto a tendência atual sugere uma diversificação das cadeias de suprimentos e uma busca por autossuficiência, o relatório destaca um ponto crítico. Essa mudança pode resultar em cadeias de suprimentos mais complexas e menos eficientes, com o risco de enfraquecer a competitividade das empresas.
Empresas como a BHP Group, uma gigante da mineração com sede em Melbourne, estão adotando uma abordagem diferenciada. Em vez de buscar a autossuficiência, a BHP está fortalecendo suas parcerias com fornecedores, tornando-as a pedra angular da resiliência de sua cadeia de suprimentos. A empresa tem trabalhado em estreita colaboração com clientes chineses, incluindo fornecedores, para minimizar os impactos negativos em suas operações.
Wang Huiyao, presidente do Centro de China e Globalização, observou: “A China é o epicentro das cadeias de valor e de suprimentos globais, atraindo multinacionais.” Isso se reflete em estatísticas impressionantes, como o domínio chinês em áreas como estações de base para redes móveis de quinta geração (5G), ligações ferroviárias de alta velocidade e capacidade de manuseio de contêineres em portos.
Em resumo, a China ocupa uma posição sólida no cenário global em termos de resiliência de sua cadeia industrial. No entanto, o país enfrenta desafios significativos em meio às mudanças nas dinâmicas globais das cadeias de suprimentos. As estratégias para superar esses desafios variam, com algumas empresas optando por parcerias sólidas, enquanto outras buscam a autossuficiência. O equilíbrio entre essas abordagens será fundamental para o futuro das cadeias de suprimentos globais.