Pequim declarou que todo o patrimônio do escritor será confiscado (Getty Images/Reprodução)
Repórter colaborador
Publicado em 5 de fevereiro de 2024 às 08h53.
Última atualização em 5 de fevereiro de 2024 às 08h54.
A China determinou que o escritor e acadêmico australiano Yang Jun será sentenciado à morte por acusações de espionagem. Jun, que também é um ativista pró-democracia, nega as acusações vindas de Pequim.
“O governo australiano está horrorizado com esse resultado”, declarou a ministra das Relações Exteriores, Penny Wong, em entrevista coletiva nesta segunda-feira. Ela acrescentou que Camberra responderá “nos termos mais fortes”. Yang, um australiano nascido na China, está detido no país asiático desde 2019.
A chanceler australiana indicou que a pena de morte poderia ser comutada para prisão perpétua após um período de dois anos.
A decisão pode ser um golpe para as relações entre Austrália e China, que pareciam estar se aproximando após anos de instabilidade envolvendo questões comerciais, Covid-19 e políticas regionais de segurança. Além disso, a China libertou o jornalista australiano Cheng Lei em outubro passado, após mais de três anos de detenção, também sob acusação de espionagem, o que deu novo sopro de esperança para a diplomacia.