Mundo

China aumentará despesa militar em 7% em 2017

Este será o segundo ano consecutivo em que a despesa não cresce em um dígito duplo

Exército: em 2016, o governo aumentou a despesa militar em 7,6%, a alta mais baixa em seis anos (Larry Downing-Pool/Getty Images)

Exército: em 2016, o governo aumentou a despesa militar em 7,6%, a alta mais baixa em seis anos (Larry Downing-Pool/Getty Images)

E

EFE

Publicado em 6 de março de 2017 às 10h32.

Pequim - A China aumentará sua despesa em Defesa em 7% neste ano, o menor aumento em mais de duas décadas, e superará pela primeira vez 1 trilhão de iuanes, anunciou o governo nesta segunda-feira, um dia mais tarde que o esperado.

Um funcionário do Ministério das Finanças anunciou hoje que o aumento do orçamento militar este ano será de 7%, no segundo ano consecutivo em que não cresce em um dígito duplo, segundo informou a imprensa oficial chinesa.

Em 2016, o governo aumentou a despesa militar em 7,6%, a alta mais baixa em seis anos. No ano anterior, por exemplo, o aumento tinha sido de 10,1%.

O orçamento de Defesa representará 1,3% do PIB chinês e ascenderá a 1,04 trilhão de iuanes (US$ 151 bilhões), segundo detalhou a fonte do Ministério das Finanças.

O orçamento militar é apresentado durante a abertura do plenário anual da Assembleia Nacional Popular (Legislativo), que aconteceu ontem sem que se revelasse o número exato nem se explicassem os motivos pelos quais se rompeu com esta tradição, o que gerou preocupação sobre a falta de transparência do Executivo.

Como é habitual, na véspera a porta-voz da Assembleia tinha revelado que o aumento seria de cerca de 7% e se esperava que no primeiro dia do plenário se confirmasse o dado, mas pela primeira vez em décadas a China rompeu com este precedente.

Sem mencionar a despesa, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, anunciou no domingo mais apoio ao exército em seu discurso de abertura da Assembleia e destacou que o país reforçará a defesa área e marítima, assim como os controles fronteiriços, para salvaguardar os interesses e a segurança nacionais.

Além disso, Li reafirmou o compromisso do Executivo com o plano de reforma das forças armadas, com o qual se pretende modernizar a corporação e reduzir seu número de soldados em 300.000 até o final deste ano.

Acompanhe tudo sobre:ChinaExército

Mais de Mundo

Trump se mostra 'aberto a conversar' com UE antes da entrada em vigor de tarifas

México prevê fechar acordo com EUA até 1º de agosto para evitar novas tarifas

China envia âncoras de sucção para megaprojeto do pré-sal brasileiro no campo de Mero

'Imaturo' x 'traidora': Troca de farpas entre Milei e sua vice expõe crise no governo da Argentina