Mundo

China aprova revisão do seu código penal

A revisão também deve incluir a exigência de que o Supremo Tribunal interrogue condenados à morte antes de dar o sinal verde para as execuções

A mudança seria particularmente importante em um país onde ocorrem numerosas denúncias de tortura nas prisões (Andy Wong/AFP)

A mudança seria particularmente importante em um país onde ocorrem numerosas denúncias de tortura nas prisões (Andy Wong/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de março de 2012 às 07h56.

Pequim - O Parlamento da China aprovou, nesta quarta-feira, uma revisão controversa do seu Código de Processo Penal, que foi objeto de ampla discussão em um uma fase preliminar - na medida em que o poder da polícia em investigações criminais é enorme no país.

De acordo com projeto de lei publicado na semana passada, o texto formaliza, entre outras questões, a prisão de pessoas fora de centros de detenção oficiais por períodos que podem chegar a até seis meses. A detenção nesses locais, que muitas vezes são secretos, não estão sujeitas a quaisquer regras e procedimentos, alertou, em seu blog, o advogado Liu Xiaoyuan. A versão final do texto, porém, ainda não estava disponível na manhã de ontem.

A revisão também deve incluir a exigência de que o Supremo Tribunal interrogue condenados à morte antes de dar o sinal verde para as execuções, informou o jornal Xinjing Bao. A organização Human Rights Watch salientou, na semana passada, aspectos positivos do projeto de lei - que poderia "fortalecer as garantias processuais e os procedimentos legais para suspeitos comuns."

O texto também pode legalizar o direito de os suspeitos permanecerem em silêncio durante o interrogatório, informou, na semana passada, o Xingjing Bao. Esta mudança seria particularmente importante em um país onde ocorrem numerosas denúncias de tortura nas prisões. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaJustiçaLegislaçãoPolítica

Mais de Mundo

Missão da SpaceX foi ao resgate de astronautas presos na ISS

Após morte de Nasrallah, Netanyahu afirma que “trabalho ainda não está concluído”

Bombardeio israelense atinge arredores do aeroporto de Beirute

Morte de Nasrallah é golpe contra Hezbollah, mas impactos são incertos