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China aprova primeiros reatores nucleares desde Fukushima

Os reatores 5 e 6 da central de Hongyanhe, na província de Liaoning (nordeste), receberam o sinal verde da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma


	Vista aérea de Fukushima: desde o acidente com o complexo nuclear, a China havia suspendido a construção de novos reatores nucleares
 (Kyodo/Reuters)

Vista aérea de Fukushima: desde o acidente com o complexo nuclear, a China havia suspendido a construção de novos reatores nucleares (Kyodo/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2015 às 13h11.

Pequim - As autoridades chinesas aprovaram a construção de dois novos reatores nucleares, pela primeira vez desde a catástrofe da central atômica de Fukushima (Japão) em março de 2011, segundo disse nesta terça-feira o responsável da companhia exploradora.

Os reatores 5 e 6 da central de Hongyanhe, na província de Liaoning (nordeste), receberam o sinal verde da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, embora ainda devem obter a permissão de construção da Administração Nacional de Segurança Nuclear.

A decisão foi divulgada pela agência estatal "Xinhua", que citou o diretor-executivo da Hongyanhe Liaoning Nuclear Power Company, Yang Xiaofeng.

A primeira fase do projeto estabelece quatro reatores, dos quais dois começaram a operar em 2013 e 2014, enquanto um terceiro iniciará sua caminhada na primeira metade deste ano e o quarto está em construção.

Quando o complexo estiver concluído, terá uma capacidade total de produção de 6 GW.

As autoridades chinesas suspenderam a decisão sobre novas usinas nucleares de geração elétrica e lançaram uma revisão de segurança após a catástrofe de Fukushima, embora no ano passado avançaram que começariam a aprovação de projetos em zonas litorâneas sob novos padrões de segurança.

A energia nuclear representa atualmente 2% do total da China, que procura aumentar esse número, o que pretende fazer igualmente com fontes renováveis e de gás, a fim de reduzir sua dependência do carvão para aliviar a grave poluição que sofrem suas principais cidades e áreas urbanas.

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